“Se tem ministro preocupado, eu fico pensando nós lá na Santa Cruz do Sul e toda região produtora de tabaco o que a gente não está preocupado”. Desta forma o presidente da Associação de Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp), Ricardo Bartz, abriu sua participação na audiência sobre a 10ª Conferência das Partes (COP) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), no último dia 26.
No debate ocorrido na Câmara dos Deputados, destacou a importância da cadeia produtiva em nome das mais de 17 entidades que integram a Assemp. “Nós temos um impacto muito grande no comércio, na indústria e nos serviços do município e toda região em volta por conta da produção de tabaco. Não se precisa fazer nenhum tipo de pesquisa e não há necessidade de você procurar os produtores para saber se a safra foi boa ou ruim. Se você for no comércio de varejo na nossa região, você vai saber exatamente se a safra foi boa ou foi ruim porque impacta diretamente no consumo e no desenvolvimento do comércio quanto dos serviços”, enfatiza.
Filho de produtores de tabaco, Bartz também afirmou que a produção garante renda como nenhuma outra atividade agrícola. ”Não existe hoje nenhuma outra cultura que consegue, a curto prazo de tempo, colocar na mesa do produtor a mesma renda. É uma atividade primordial para nós. Ficamos chateados quando não vemos nenhum tipo de movimentação contrária a não ser todo aquele movimento que acaba de alguma ou outra forma tentando impactar negativamente a produção de tabaco”.
Segundo pesquisa da Universidade Federal do RS (CEPA/UFRGS), a renda per capita mensal média na população de produtores de tabaco da Região Sul é de R$ 3.935,40, enquanto a renda per capita no Brasil é de R$ 1.625,00 (IBGE, 2022).