A Escola Municipal de Ensino Fundamental, Coronel Thomaz Pereira, de Linha Taquari Mirim realizou na primeira semana de maio uma exposição para destacar as artes indígenas. A proposta de elaborar uma exposição com objetos, imagens e produções artísticas que têm como inspiração e apropriação as culturas indígenas, partiu da disciplina de Artes, sob orientação da professora Ana Paula Greine. A ideia da amostra foi apresentar à comunidade escolar desenhos, quadros, pinturas, objetos, tecidos e arte têxteis, livros ilustrados, grafismos, estampas e muitas informações sobre a riqueza e a pluralidade das culturas indígenas tanto do Brasil quanto de outros países, como Peru, México e Chile – entre eles Incas, Maias, Astecas, Ianomamis, Ticunas e Tupis-Guaranis.
Junto com a exposição foram realizadas oficinas de pintura corporal, desenho, produção de estampas, bijuterias e peças de cerâmica. Além disso, os estudantes foram convidados a escolherem peças de roupas estampadas e produzidas por artesãos andinos, de maneira a comporem um visual que crie sentidos e relações entre a indumentária remanescente dos Incas, intencionando, desta maneira, uma aproximação entre universos e uma ampliação de seus vocabulários artísticos e visuais.
Segundo a professora que coordenou a atividade, posteriormente à exposição, todos os estudantes dos anos finais foram convidados a se apropriarem de elementos, conceitos, ideias e obras artístico-visuais dos povos indígenas que estavam expostas para então elaborarem trabalhos artísticos pessoais. “As cores, formas e elementos naturais ganharam outros sentidos nas mãos dos estudantes, juntando criação, invenção , muita arte e diversão,” destaca Ana Paula.
Os universos mitológicos e poéticos de diversos povos indígenas também foram questões exploradas nos encontros que aconteceram durante a semana de exposição, traçando relações fundamentalmente com a arte desenvolvida e vivida por esses povos. “A escolha de trabalhar com essas noções ocorreu pois a relação que os povos indígenas fazem/faziam entre Arte e Vida é estreita, não há separação,” contextualiza a educadora.