Para marcar a conclusão dos dois primeiros eixos do Programa de Aprendizagem Profissional Rural, o Instituto Crescer Legal promoveu o Seminário de Vivências nesta quinta-feira, 19 de agosto. O evento, conduzido pela equipe pedagógica e aprendizes, também contou com a participação de diretores das escolas sede do curso e escolas de origem – onde os aprendizes estudam no contraturno.
O cronograma contou com a apresentação dos jovens aprendizes das sete turmas que participam do curso de Gestão Rural e Empreendedorismo, em dois momentos: pela manhã, participaram os jovens aprendizes de Cerro Branco, Boqueirão do Leão e Sinimbu; já na parte da tarde, a programação foi com as turmas de Passo do Sobrado, Santa Cruz do Sul, Canguçu e Herveiras.
Durante o evento, os aprendizes puderam apresentar a análise das propriedades rurais e os respectivos arranjos produtivos locais nos municípios e região em que vivem. Segundo a coordenadora pedagógica, Graziele Pinton, conhecer a própria realidade é o primeiro passo para que os jovens possam pensar em seus projetos de vida. “O reconhecimento da propriedade e da comunidade em que os aprendizes vivem é o objetivo dos primeiros eixos de trabalho do curso. O seminário, além de apresentar os conhecimentos adquiridos pelos jovens sobre o seu entorno, é também um movimento de integração das turmas, com o intercâmbio de novas ideias e a possibilidade de conhecer novas realidades e oportunidades”, comenta Graziele.
Iro Schünke, diretor presidente do Instituto, acompanhou as apresentações dos jovens aprendizes e passou uma mensagem de otimismo e perseverança para os jovens. “As apresentações demonstram que, mesmo com todas as restrições impostas pela pandemia, conseguimos manter o nível do trabalho e a aprendizagem. O Instituto só é possível em razão das parcerias que temos e fica também o nosso agradecimento aos municípios e escolas que acolheram a nossa iniciativa e que foram fundamentais nesses tempos de adaptação. A expectativa é de que tenhamos um segundo semestre ainda melhor, agora com encontros presenciais, e torço para que seja um momento de reflexão e de desenvolvimento pessoal para todos. O importante é que, ao final do curso, independentemente dos projetos de vida que vocês tenham escolhido, tenham em mente de que o sucesso é possível e que ‘sim, nós podemos!’. Afinal é preciso acreditar que as coisas podem dar certo, mesmo em tempos de dificuldade”, disse Schünke.
O primeiro semestre foi marcado pelas atividades virtuais em razão da pandemia, mas desde o início desta semana todas as turmas já atuam em formato híbrido ou totalmente presencial, seguindo os protocolos sanitários exigidos e a organização de cada município parceiro. O segundo semestre será marcado pelo mapeamento das parcerias locais e alianças estratégicas, bem como reflexões sobre a família e comunidade. Os jovens finalizam o curso com um trabalho final, quando apresentam estudos de viabilidade e de desenvolvimento de um produto de gestão ou empreendedorismo.
Eixos do Programa de Aprendizagem Profissional Rural
1-Estudo e análise das propriedades rurais
2-Diagnóstico do município e região com estudos dos arranjos produtivos locais
3-Mapeamento das parcerias locais e alianças estratégicas
4-Família e comunidade
5-Trabalho final: criação e estudos de viabilidade e de desenvolvimento de um produto
de gestão ou empreendedorismo
SOBRE O INSTITUTO – Iniciativa do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e suas empresas associadas, o Instituto Crescer Legal tomou forma em 2015 com o apoio e adesão de pessoas envolvidas com a educação e com o combate ao trabalho infantil, em especial em áreas com plantio de tabaco, na Região Sul do País. Desde 2016, o Programa de Aprendizagem Profissional Rural já beneficiou 474 jovens rurais de 11 municípios gaúchos. Em 2021, mais de 130 adolescentes foram contratados como jovens aprendizes junto às indústrias associadas do Instituto para desenvolverem as atividades do curso.
COMO FUNCIONA? – O Programa é pioneiro ao oferecer aprendizagem profissional sem sair do campo e da escola, formando adolescentes no curso de gestão rural e empreendedorismo. De acordo com a Lei de Aprendizagem, recebem salário proporcional a 20 horas semanais – a carga horária do curso, que ocorre no contraturno escolar – e ao final são devidamente certificados. No entanto, ao invés de trabalharem nas empresas, os aprendizes de 14 a 17 anos realizam suas atividades teóricas nas escolas sede e as práticas tanto no ambiente do curso como em suas comunidades, com mais motivação e condições para a produção do conhecimento. Para participar, o aprendiz precisa frequentar a escola regular. Com isso, os adolescentes ocupam seu dia no curso e na escola, longe de tarefas impróprias para a idade.
Conheça mais sobre as ações do Instituto em: www.crescerlegal.com.br.
CRÉDITO: AI Crescer Legal