O clima adverso ao longo do último ano, com enchentes e vendavais, deve ter os impactos amenizados na safra de verão. Isso porque, o excesso de chuva ocorreu no início do plantio, e os sinais das lavouras são de boa produtividade nas principais culturas de grãos de Venâncio Aires. A cultura do milho será a mais afetada com o clima, porém também ainda pode registrar aumento na produtividade. A avaliação é do escritório local da Emater/Ascar, que mantém o alerta sobre as condições climáticas, que ainda podem afetar as culturas que estão nas lavouras. Soja e arroz terão crescimento da área produtiva, e tendência de aumento na produção.
Conforme o engenheiro agrônomo e chefe do escritório local da Emater/Ascar, Vicente Fin, a produção de milho, entre os grãos, foi a com maior quebra. “O clima afetou muito esta cultura, e a tendência é de ficar um pouco melhor, ou igualar a produção da última safra. Conforme a última atualização da Emater, a produção de milho deve alcançar 10 mil hectares, com média de 100 a 105 sacos por hectare. Na safra 2022/23 a produtividade ficou em 95. Já a lavoura de arroz terá crescimento de 150 hectares, chegando aos 1.550 hectares. “A lavoura está bem encaminhada, não vai faltar água, só não pode dar frio, até março. Teremos uma produção normal de 8,5 mil a 8,8 mil quilos por hectare,” explica Fin.
SOJA
A produção de soja em todo o Rio Grande do Sul possui projeção de aumento na colheita. Em Venâncio Aires a área plantada chega a 6.500 hectares. “A lavoura de soja está boa, na nossa região o produtor conseguiu plantar, um pouso atraso, mas a soja acreditamos que vai ter uma das maiores produções de verão. Claro, se ao longo dos próximos meses não ocorrer problemas climáticos,” comenta o chefe do escritório local da Emater de Venâncio Aires.
A expectativa do órgão de assistência técnica rural é de ultrapassar as 23 mil toneladas produzidas no território municipal. Na safra 2022/23 a produção alcançou 19,3 mil toneladas.
ESTADO
Depois de duas safras frustradas pela estiagem, o Rio Grande do Sul volta a ter potencial de colheita de verão recorde. Com condições de lavouras favoráveis ao desenvolvimento da soja nas regiões produtoras, a expectativa é de que o grão — principal cultura da temporada, supere 23 milhões de toneladas colhidas no ciclo 2023/2024, estabelecendo nova marca de produção no Estado. A projeção é da Rede Técnica Cooperativa (RTC/CCGL). As chuvas intensas provocadas pelo El Niño atrasaram o início da semeadura, trazendo incertezas quanto ao desenvolvimento das plantas.
A projeção atual fala em 3.549 quilos por hectare, uma média equivalente a 59,2 sacos. A área de cultivo projetada pela Conab é de 6,67 milhões de hectares para o Estado nesta safra.