Os senadores que defendem a presidente afastada Dilma Rousseff devem questionar o impeachment no Supremo Tribunal Federal (STF). Eles alegam que até agora a Suprema Corte só se manifestou sobre o rito do processo no Senado e não sobre o mérito.
O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), confirmou a intenção de tentar reverter por via judicial um eventual afastamento definitivo de Dilma. Já o relator do processo de impeachment na Comissão Especial do Senado, senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), considera normal que a defesa de Dilma recorra ao STF, mas não acredita que a estratégia tenha êxito.
Em contrapartida, os aliados do governo do presidente interino Michel Temer vão tentar impugnar as seis testemunhas de defesa da presidenta afastada Dilma Rousseff. De acordo com o líder do Democratas, senador Ronaldo Caiado (GO), o mesmo argumento utilizado para colocar em suspeição o procurador do Ministério Público da União (MPU) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Julio Marcelo de Oliveira, poderá ser também adotado para as testemunhas arroladas pela defesa.
“Veja o caso dessa testemunha, essa Esther [Dweck, ex-secretária de Orçamento Federal], que nossa assessoria levantou a vinculação dela com o gabinete da senadora Gleisi Hoffmann. Ela foi lotada inicialmente na Comissão de Assuntos Econômicos e transferida para o gabinete da senadora Gleisi Hoffmann”, disse Caiado.
Fontes: Agência Senado e Agência Brasil / Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado