A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) analisa o início da nova safra de tabaco, que já está no campo. A expectativa é de garantir aumento na produtividade após três ciclos com perdas registradas nas lavouras por questões climáticas, seca e granizo. Os números da projeção serão divulgados até novembro, quando o plantio estará em andamento em toda a região Sul.
A última safra registrou quebra de 22,7%, na produtividade, numa média sul-brasileira, o que fez com que o preço pago ao produtor fosse maior. O ciclo 2023/2024 fechou com 508 mil toneladas nos três estados do Sul.
O presidente da Afubra, Marcílio Drescher, afirma que a expectativa é de garantir melhor produtividade na safra atual. “Bom, nós temos aí uma nova safra iniciando o plantio e temos uma tendência de até o produtor plantar um pouco mais de área. Não devemos aumentar muito porque o nosso mercado internacional, do qual nós dependemos muito, ele tem um número X de produção que ele absorve, então tem que equilibrar oferta e demanda.”
Para o dirigente, a análise do produtor sobre a demanda é importante para manter a rentabilidade da produção. “E isso tem mostrado ao produtor que é melhor ter uma demanda igual ou no mínimo maior do que a oferta, que o preço sempre será bom. E isso também tem que ser observado daqui para frente, não plantar muito para que tenha oferta maior que a demanda,” destaque.
Drescher projeta que a safra será positiva para os produtores, mantendo o equilíbrio de área cultivada e média paga. “Então, nós queremos que o produtor plante, sim, está plantando, pelo preço que recebeu. Talvez não impacte muito, ainda não temos até aqui os números fechados, porque isso só se consegue no final do plantio da temporada, mas com certeza vai ser uma boa safra e que será de muita importância para os nossos produtores,” comenta.