Fumicultores e indústrias terão na terça, 22, e quarta-feira, 23 o ciclo de negociações da safra. As reuniões ocorrerão na Afubra entre as entidades representativas dos produtores de tabaco, formada pelas federações da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc
e Fetaep) dos estados do RS, SC e PR e a Afubra, e lideranças das empresas fumageiras.
No dia 22, pela manhã, a reunião será só entre as entidades para definição do índice. Conforme o presidente da Afubra, Benício Werner, o fator determinante para o percentual é o custo de produção, mas exportação, inflação e insumos agrícolas também são levados em consideração.
“A expectativa é muito forte de que vamos conseguir acerto. Como ano passado teve pouco tabaco, neste ano as ocorrências de chuva vão diminuir a oferta”, prevê.
Na parte da tarde, do dia 22, ocorrem os encontros individuais com as empresas Alliance One, China Brasil Tabacos, JTI, Philip Morris, Souza Cruz e Universal Leaf. O presidente lembra que na última safra não houve assinatura de protocolo entre as partes pois não se chegou a um consenso. Enquanto os fumicultores reivindicavam 12,8% de reajuste, as empresas ofereceram de 9,5% a 10%.
“Fizemos uma comparação com o preço pago entre as duas últimas safras e constatamos um aumento médio de 37,8%. Então imagina se tivéssemos assinado o protocolo, pois nesse setor qualquer 0,5% que se consegue é muito pois representa um grande volume em dinheiro”, explica.