A Unimed dos servidores municipais foi restabelecida nesta quarta-feira, 4 de janeiro. Os atendimentos aos funcionários públicos haviam sido cortados devido à falta de pagamento. Uma força tarefa foi montada para restabelecer o serviço.
A suspensão ocorreu sem nenhuma notificação formal ao município, infringindo o respeito das relações administrativas. Conforme a Secretária da Fazenda Jeanine Benkenstein houve omissão da empresa, ao não comunicar Prefeitura e dar o prazo mínimo para que o Poder Público pudesse se inteirar do assunto e tomar providências cabíveis, já que os atrasos são referentes aos últimos três meses.
De acordo com a Secretária, o esforço da atual gestão, que assumiu há menos de uma semana, é pagar as contas herdadas da antiga equipe que administrava Venâncio Aires. Há fornecedores que não recebem desde o mês de setembro, como é o caso da empresa que fornece suprimentos de informática.
Atualmente a Prefeitura tem um comodato de impressoras e suprimentos e já há setores sem conseguir realizar atividades simples, como impressão de documentos. A conta com este determinado fornecedor soma mais de R$ 27 mil, contabilizando apenas os meses de setembro, outubro e novembro. Este valor já está empenhado, mas não foi pago, muito menos prevista a quantia para honrar com o serviço. Já o mês de dezembro sequer foi empenhado junto a Secretaria da Fazenda. A conta com este fornecedor deve girar em torno de R$ 50mil.
Gestão passada
Jeanine explica ainda que a maioria das despesas feitas em dezembro não foram empenhadas, como é o caso também das últimas demissões de Cargos Comissionados (CC´s). Os servidores que atuavam como indicados na antiga gestão, e que foram desligados no último dia 30, também não receberam os valores referentes ao processo de demissão.
De acordo com a secretária a responsabilidade do acerto é do antigo gestor que não empenhou, não pagou e muito menos reservou o valor para realizar o processo de demissão.
“A situação se agrava quando vamos analisar mais a fundo a questão dos servidores. Há funcionários que já gozaram do período de férias, mas não receberam os valores referentes ao abono. Estes recursos deveriam ter sido reservados, empenhados e já pagos aos mesmos, porém não foram e agora não há caixa para sequer equilibrar a situação”.
A avaliação ainda não está concluída, mas conforme levantamentos feitos pela equipe da Fazenda o déficit projetado para este ano pode ultrapassar os R$ 25 milhões. A atual Administração trabalha em terminar a análise dos números e editar o decreto de situação de calamidade econômica, apresentando assim as medidas de contenção. O documento deverá ser apresentado na próxima semana.
Fonte: Coordenadora de Comunicação e Marketing / Gestão 2017/2020 – Giovane Wickert