Registros mostram colaboração da comunidade na formação da biblioteca

Janine Niedermeyer
março23/ 2017

A Biblioteca Pública Municipal Caá Yari vai alcançar seus 45 anos de fundação no próximo dia 12 de abril. Criada no ano de 1972, instituída em Lei Municipal pelo então prefeito Alfredo Scherer, o espaço público de leitura da comunidade sempre recebeu carinho de seus leitores, até mesmo com doações para o acervo.

E essa prática vem desde os primeiros anos de formação do local. Nesta semana, a bibliotecária Rosaria Costa divulgou ao Olá Jornal a localização de um arquivo datado do ano de 1976, onde uma campanha teria sido desenvolvida para dar ainda mais força ao acervo da Biblioteca Pública.

O arquivo com data de 15 de janeiro de 1976, denominado como quadro de honra, homenageia os colaboradores pela valiosa contribuição na criação da biblioteca. A promoção teria sido desenvolvida pelo então Centro Universitário de Venâncio, em convênio com a Distribuidora Didática Princesa, do município de Pelotas.

Em anexo uma lista de colaboradores, sendo no total 115 nomes entre pessoas físicas e jurídicas. Um dos principais nomes é do professor Antônio Pilz Neto, então gestor do Centro Universitário.

A divulgação do material também vem com o propósito de encontrar pessoas que fizeram parte dessa ação, para trazer à tona mais detalhes, como quantidade de livros repassados, de que forma ocorreu. “Seria legal encontrar alguém que pudesse recordar o que foi isso. Acredito que as pessoas possam ter colaborado com dinheiro para aquisição dos livros”, enfatiza Rosaria Costa.

AVANÇOS

Fundada em 1972, a Biblioteca passou para a atual estrutura em que está hoje no ano de 1992, quando a Prefeitura adquiriu o prédio localizado na esquina das ruas Osvaldo Aranha e Reinaldo Schmaedecke, sendo que anteriormente funcionou junto ao Executivo.

Nesta transição, dois anos antes, a coordenação do local também promoveu um recadastro de leitores. Até fevereiro de 1990 eram 3.465 sócios e em 5 de março de 1990, a ficha número 1 foi assinada por Sônia Müller Ferreira e hoje já são 12.517 nomes registrados.

Com 12 anos de atuação na Biblioteca, Rosaria também atualmente batalha para implantar o sistema informatizado para retirada de livros. No momento, a efetivação depende da aquisição de equipamentos, como leitor de código de barras e impressora. Os recursos estão vinculados a Secretaria de Cultura e Esportes e foram colocados na previsão orçamentária para 2017.

Assim como os livros, todas as carteirinhas dos associados receberão um código de barras e os fichários com anotações no papel serão encerrados. Apesar de ainda não ter período estipulado para entrar em vigor, o sistema do Biblivre da biblioteca já tem acima de 13,1 mil itens cadastrados.

Foto:  Arquivo Biblioteca

Janine Niedermeyer