A prefeitura de Venâncio Aires prepara para outubro festividade para o início da colheita do tabaco. A proposta inicial é de garantir, a exemplo de outras culturas agrícolas, evento estadual para marcar a colheita do principal produto da agricultura regional. A frente dos contatos e organização está a secretaria municipal de Agricultura, junto com o vice-prefeito, Celso Krämer (PTB).
Aliada a abertura da safra, ocorrerá a festa estadual do tabaco, a partir de convite da Secretaria Estadual de Agricultura. Para isso, contato com a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) também estão sendo realizados na busca por parcerias. Para ampliar os contatos e demonstrar a importância econômica da cultura para o Rio Grande do Sul, o gestor municipal quer a participação de lideranças estaduais e nacionais.
“Estamos formalizando contato com os ministros da Agricultura e Trabalho para que participem deste evento. As grandes culturas, como soja e arroz, possuem festividades importantes, queremos que o tabaco tenha o destaque que merece,” argumenta Krämer.
Ainda sem data para ocorrer, a Administração Municipal trabalha a programação para o mês de outubro. A previsão é de realizar a festividade na região do barro branco, atual área com maior produtor de tabaco do município. “Precisamos valorizar o nosso principal produto, queremos fazer uma festa da colheita para mostrar para o estado e país, sem demagogia,” lembra o vice-prefeito.
EXPORTAÇÃO
A festividade busca lembrar também a importância nas exportações do país. Atualmente o tabaco representa 1,15% do total de itens exportados pelo Brasil, em 2016 alcançaram US$ 185,235 bilhões. No caso do fumo, em todo o Brasil foram 483 mil toneladas e US$ 2,12 bilhões exportados. Os resultados mantêm o País como o maior exportador mundial de tabaco desde 1993.
VENÂNCIO
Na safra 2015/2016 Venâncio Aires foi superado na produção de tabaco por Canguçu e São Lourenço do Sul, ambos também do estado. A Capital do Chimarrão passou de um registro de 20.316 toneladas na safra 2014/2015 produzida por 4.532 fumicultores, para 13.757 toneladas na última safra, feita por 4.050 produtores, uma queda de 6,5 mil toneladas. A queda é reflexo na quebra de produção, por conta do granizo.