O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias do Fumo, Alimentação e Afins de Venâncio Aires convoca a categoria para assembleia nesta sexta-feira, 10, com objetivo de votar a proposta salarial apresentada pelas empresas. Após quatro encontros para discutir o reajuste, sem obter avanços, a entidade decide colocar o índice em votação. A assembleia ocorrerá no sindicato com primeira convocação às 16h e segunda às 16h30min.
O presidente Rogério Siqueira explica que após o encontro em Araranguá, dia 1º, as fumageiras entraram em contato esta semana com a Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Afins (Fentifumo), e afirmam que não há nova oferta. O índice oferecido é de 7,39%, passando o piso para R$ 1.069,20, e cesta básica de R$ 130.
Os trabalhadores reivindicam a reposição do INPC, que ficaria em torno de 7,5%, mais ganho real de 3% e cesta básica de R$ 150. Atualmente a cesta básica está em R$ 115 e o piso atual da categoria está em R$ 994,40.
INSATISFAÇÃO
Para Siqueira, frente a falta de entendimento das empresas não há como o sindicato avançar, mas a categoria pode fazer a sua opção por meio do voto na assembleia. “Chegou a hora do trabalhadore decidir se continuamos a lutar ou se consideram o índice suficiente”.
O presidente afirma que o sindicato tenta conseguir algo que considere mais justo ao trabalhador, mas ao mesmo tempo não quer emperrar o percentual. “Não é o que queríamos, não é justo frente aos ganhos que as fumageiras tiveram no último ano com a venda total dos estoques provocando o crescimento de quase 200% na participação do setor no Valor Adicionado Fiscal somente de Venâncio”, alega.
FEDERAÇÃO
Para o presidente da Fentifumo, José Milton Kuhnen, a decisão das assembleias é de cada sindicato, entretanto, ele acredita que a maioria das entidades irá realizar os debates com os trabalhadores das cidades. “Fomos informados nesta segunda-feira, 06, que as empresas não iriam mudar a proposta de reajuste e, por isso, comunicamos os sindicatos. A classe patronal concluiu que não tem como avançar mais nos percentuais.”
O dirigente afirma que a indústria está aproveitando a situação econômica e de desemprego para evitar ampliar as negociações. “O trabalhador sempre paga a conta, assim como está ocorrendo no governo, que em sua maioria é ligado a classe patronal, querem mudar a previdência e quem pagará por isso é a empregado,” salienta.