Depois de quatro reuniões de negociação salarial os trabalhadores nas indústrias do fumo não obtêm nova proposta de reajuste para a categoria. Os sindicatos esperavam que um novo índice fosse apresentado no último encontro ocorrido na quarta-feira, 1º, em Araranguá (SC). Na oportunidade, cinco sindicatos estiveram reunidos com representantes das fumageiras que propuseram aumento de R$ 5 na cesta básica, em relação a oferta de janeiro, quando foi oferecido R$ 125.
O presidente Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Afins (Fentifumo), José Milton Kuhnen estava otimista com o encontro, esperava que houvesse um novo índice diferente dos 7,39% já apresentados em dezembro do ano passado. “Foi surpresa pois esperávamos que ao menos no piso pudesse haver uma melhora”, afirma. Kuhnen explica que a federação irá conversar com os sindicatos para ver qual posição adotar. A entidade ainda aguarda a manifestação das fumageiras para a próxima semana no sentido de agendar uma nova reunião.
Os trabalhadores reivindicam a reposição do INPC, que ficaria em torno de 7,5%, mais ganho real de 3% e cesta básica de R$ 150. As indústrias oferecem 7%, índice abaixo da inflação e cesta básica de R$ 125. Atualmente a cesta básica está em R$ 115 e o piso atual da categoria está em R$ 994,40.