A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco realizou a sua última reunião do ano, a 74ª Reunião Ordinária, hoje, dia 30 de outubro, de forma híbrida. Na pauta, o fechamento da safra de tabaco 2023/2024 e expectativas para 2024/2025 e as exportações. O presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco e vice-presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Romeu Schneider, destacou a importância das reuniões para a atualização das informações do setor. As reuniões de 2025 foram agendadas: 10 de abril, 16 de julho e 29 de outubro.
O presidente da Afubra, Marcilio Laurindo Drescher, apresentou os números finais da safra 2023/2024 que fechou em 508.041 toneladas. Ele destacou o incremento de 6,62% no número de famílias que plantam tabaco, nos três estados do Sul do Brasil, comparando as safras 22/23 e 23/24. Na produção, houve uma diminuição de 16,12%, mesmo com o aumento de 8,57% na área plantada. Isso s às condições climáticas não favoráveis, que fez com que a produtividade média caísse 22,75%.
Para a safra 2024/2025 projeta-se um incremento na área cultivada. “Isso se deve, pois, o fumicultor, nas últimas safras, recebeu um bom retorno financeiro pelo seu produto. Aliado a esse fator, outras culturas não estão dando retorno e isso faz com que haja incremento de área cultivada com tabaco e mesmo, a volta de produtores à cultura”. Sobre o plantio e colheita, Drescher revela que o plantio está praticamente encerrado. Quanto à colheita, as pesquisas apontam para 8,5% de tabaco colhido. A estimativa inicial para a safra 2024/2025 deve estar concluída na segunda quizena de novembro.
A exportação do tabaco brasileiro foi apresentada pelo presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Valmor Thesing. Segundo ele, deve-se ter uma exportação acima da média dos últimos anos, em dólares. Até o momento, entre janeiro e setembro foram embarcadas 316 mil toneladas, o que representa uma redução de -14% em relação ao mesmo período de 2023. Já em dólares, foram US$ 2,03 bilhões embarcados, uma variação positiva de 3,44% se comparado com o ano anterior.