Retomada da economia gaúcha pauta encontro regional da FIERGS/CIERGS no SindiTabaco

Guilherme Siebeneichler
outubro26/ 2024

O Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) sediou nesta sexta-feira, 25 de outubro, a Reunião Regional da FIERGS/CIERGS – Vale do Rio Pardo e Santa Maria, com a presença de lideranças empresarias e comerciais. Claudio Bier, presidente FIERGS/CIERGS, participou do encontro, juntamente com o vice-presidente regional do CIERGS, Júlio Carlos Cardoso Kirchhof. Eles foram recebidos por Valmor Thesing, presidente do SindiTabaco, e Iro Schünke, ex-presidente da entidade e atual diretor da FIERGS.

“É uma grande honra para a nova diretoria do SindiTabaco, já em nossa primeira semana de atuação, receber os representantes de importantes segmentos industriais e empresariais da região”, comentou Thesing, anfitrião do evento, fazendo uma deferência especial a Claudio Bier, que assumiu a liderança do Sistema FIERGS/CIERGS em 2024. Thesing aproveitou o momento para apresentar o documento Assunto controverso, contraponto necessário, que versa sobre o setor do tabaco. “Sempre que ouvirem algo sobre o nosso setor, lembrem-se de consultar esse material”, comentou.

Claudio mencionou o legado social para o agronegócio na condução do ex-presidente e diretor da FIERGS, Iro Schünke, e prestou votos de sucesso ao novo presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing. “Tenho consciência do que a indústria representa para essa região”, comentou Bier. “Uma das funções da FIERGS é chegar onde estão as questões e, por esse motivo, um dos objetivos da FIERGS é a interiorização. Esse é um momento de alegria, mas também de reflexão com a crise climática que desafiou a todos”, reforçou Bier.

O encontro seguiu com a palestra do economista-chefe da FIERGS, Giovani Baggio. Ele fez uma análise da conjuntura atual e traçou perspectivas para 2025. Segundo o economista, a enchente causou problemas maiores para a área industrial, em especial a indústria de transformação. “A produção industrial gaúcha despencou 26% em maio em comparação com abril, segundo o IBGE, maior queda já apurada pela pesquisa desde 2002. Já no campo, boa parte da safra de verão já tinha sido colhida e a safra de inverno ainda não estava plantada. Com isso, temos uma projeção positiva para o agro”, explicou. “A primeira projeção da CONAB é positiva para safra de grãos 2024/2025 e pode ser recorde, superando as 38 milhões de toneladas”, complementou.

“Levando em conta o nível de otimismo e de intenção de investimento por parte dos empresários, podemos esperar uma melhora nos próximos meses, mas o futuro da economia gaúcha passa pela resolução de alguns gargalos específicos”, comentou, citando a necessidade de melhorias na educação, a reoslução da dívida pública e do déficit previdenciário, a inversão demográfica com o envelhecimento populacional, as questões das secas e a importância do investimento em irrigação, bem como uma política de desenvolvimento mais moderna, com a articulação entre setor público e privado.

Ainda segundo ele, “eventos extremos parecem estar acontecendo com cada vez mais frequência e precisamos aprender a navegar neste novo mundo”, comentou referindo-se a questões climáticas, como estiagens e enchentes, mas também à pandemia e conflitos mundiais.

O encontro seguiu com a reunião das lideranças regionais e, ao final da agenda, o grupo confraternizou no estande-estufa do SindiTabaco, dentro do Parque da 39ª Oktoberfest de Santa Cruz do Sul (RS).

Exportações de tabaco fortalecem a economia gaúcha

Conforme levantamento da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), as exportações da indústria de transformação do Rio Grande do Sul registraram um crescimento expressivo de 23,2% em setembro, em comparação ao mesmo mês de 2023. O desempenho foi impulsionado principalmente pelos setores de Tabaco (+50,2%), Alimentos (+13,8%) e Máquinas e Equipamentos (+61,2%). Esse foi o primeiro aumento interanual desde abril de 2024 e o mais significativo do ano.

“Esse resultado é animador, sobretudo após uma queda superior a 14% em agosto. A principal razão para essa recuperação está no aumento da demanda global por nossos produtos”, afirmou Claudio Bier, presidente da FIERGS. Ao todo, 14 dos 23 setores industriais do estado ampliaram suas vendas em setembro.

Entre os setores exportadores, o tabaco foi o grande destaque ao faturar US$ 274,6 milhões, um crescimento de US$ 91,8 milhões frente ao ano anterior. A alta foi motivada tanto pelo aumento das quantidades exportadas (+14,7%) quanto pelo avanço dos preços (+31%). O processamento industrial de tabaco liderou o segmento, com US$ 257,7 milhões em embarques, tendo como principais destinos Bélgica, Estados Unidos e Egito. “Percebemos que, mesmo no período mais crítico das enchentes, as empresas conseguiram escoar o seu produto para o porto e os embarques ocorreram em linha com anos anteriores”, comentou Baggio.

Sobre o SindiTabaco

Fundado em 24 de junho de 1947, o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) tem sede em Santa Cruz do Sul (RS), no Vale do Rio Pardo, maior polo de produção e beneficiamento de tabaco do mundo. Inicialmente como Sindicato da Indústria do Fumo, a entidade ampliou sua atuação ao longo dos anos e, desde 2010, passou a abranger todo o território nacional, exceto Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Com 14 empresas associadas, as ações da entidade se concentram especialmente na Região Sul do País, onde mais de 98% do tabaco brasileiro é produzido, com o envolvimento de 626 mil pessoas no meio rural, em 509 municípios. Saiba mais emwww.sinditabaco.com.br

CRÉDITO: AI Sinditabaco

Guilherme Siebeneichler