O Governo do Estado reafirma o apoio a cadeia produtiva gaúcha e a regulamentação dos novos produtos de nicotina. O governador Eduardo Leite (PSDB) e secretários ligados à pauta destacam o papel do setor na reconstrução do RS após a maior tragédia climática que assolou os gaúchos.
De acordo com Leite, o segundo produto na pauta de exportação gaúcha precisa de atenção especial. “É um setor importante para a economia do Rio Grande do Sul e conta com nosso apoio e a atenção do Governo do Estado, não apenas para que possam empreender no âmbito local, mas também para acompanhar as regulamentações e o que tramita no Congresso Nacional, o que acaba gerando dificuldades para o setor produtivo. Um ponto são as políticas públicas que o poder público precisa empreender no sentido de conscientizar os efeitos na saúde relacionados ao cigarro; outro ponto é atrapalhar o setor produtivo e dificultar a vida de quem produz, especialmente, considerando que pouco se faz para coibir a entrada de produtos contrabandeados e que geram muito mais prejuízos à saúde”, afirmou na Expointer em evento sobre o tema realizado pela Rede Pampa e Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo).
Para o novo secretário da agricultura familiar Vilson Covatti (PP) a cadeia produtiva e tudo o que a envolve está ligado ao futuro do estado nos pós-enchente. “Debate necessário, talvez o mais necessário do reconstruir. Porque dentro do projeto do governador de reconstruir, regulamentar nesta cadeia produtiva com certeza representa a reconstrução das famílias produtoras”. Além disso, destacou o apoio da pasta aos novos produtos de nicotina. “Terá total apoio da secretaria de desenvolvimento rural. A regulamentação pode ser uma grande oportunidade para pequeno produtor aumentar sua produção e sua renda. São 3 milhões de pessoas consumindo e não se sabe a qualidade e não se sabe o que é. A pauta é social, é a cadeia organizada. O que renderia se bloqueássemos 50% do mercado ilegal, o que significaria para o campo?”, questiona.
Da mesma forma, o novo secretário de turismo, Ronaldo Santini (Podemos) ressalta a importância dos recursos. “Recursos para reconstrução, uma cadeia produtiva que deixa R$ 4 bilhões aqui no estado não pode de forma alguma ser desprezada. Não há espaço para que a gente faça uma perseguição ou a proibição da cultura do tabaco. O tabaco para toda uma região tem a capacidade de produzir uma renda que coloca no patamar per capita a população desta região, infinitamente maior do que a maioria das cidades do nosso estado que estão associadas a outras culturas. Nós não abriremos mão de trabalhar por esta cadeia produtiva”, garante.
Ao mesmo tempo, pontua que as consequências da falta de regulamentação dos novos produtos de nicotina. “Está faturando alto economicamente mas não está deixando nada tributariamente para que a gente possa fazer estradas, melhorar nossos equipamentos de saúde, de educação, de turismo e isso precisa cessar. Certamente alguém está ganhando com isso, e não são as senhoras e senhores que pagam seus impostos. São aqueles que estão às sombras da justiça, da ilegalidade, estão ficando ricos e deixando nada para a economia do nosso estado”, conclui.