O Fórum Global da Nicotina (GFN) deste ano alerta para a interpretação errada do princípio da precaução para nicotina mais segura. O evento é acompanhado pelo Olá Jornal em Varsóvia, na Polônia. Segundo o dr. Garrett McGovern, especialista em dependências e Diretor Médico da Priority Medical Clinic, Dublin, Irlanda abordou o tema no segundo dia do evento, nesta quinta-feira, 14. O princípio é adotado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para manter a proibição dos novos produtos.
“Superficialmente, o princípio da precaução é sensato e há momentos em que é válido segui-lo. Mas, quando mal aplicado na saúde pública, causou danos desnecessários e morte. Isso é o que vai acontecer com os cigarros eletrônicos”, explica.
Para ele, os dados de 20 anos de mercado demonstram que os novos produtos não são letais. “Fumar é mortal. Os cigarros eletrônicos não são mortais. Já estamos há mais de 20 anos e não estamos vendo esses danos. Sabemos que se impedirmos as pessoas de usar cigarros eletrônicos, muitas delas vão fumar.”
O segundo dia de evento abordou um resumo das perspectivas globais da regulação, risco regulatório, investimento e redução de danos e um workshop com os países da América Latina sobre a relação entre médicos, defensores dos consumidores e reguladores para promover a comunicação baseada na ciência e a alternativa da redução de danos para promover a saúde pública. O GFN vai até este sábado, 15.
Foto: Janine Niedermeyer