Venâncio Aires registra 16,3 hectares de desmatamento desde 2020, aponta sistema de alertas

Olá Jornal
junho08/ 2024

Desde 2020 a plataforma MapBiomas Alerta reporta áreas de perda da vegetação nativa, independente de locais retirados para lenha ou uso comercial, validados em imagens de satélite de alta resolução. Desde então, até 2024 (07 de maio), Venâncio Aires soma 16,3 hectares (ha) de áreas apontadas como desmatadas. Neste período foram oito alertas eletrônicos de monitoramento de derrubadas de vegetação, captados pelo sistema de georreferenciamento no território venâncio-airense.

Conforme o sistema de monitoramento, em 2020 foram 0,57 hectare de desmatamento. Em 2021, foi o ano com maior registro de desmatamento alertado pelo MapBioma, com 7,03 hectares apontados. No ano seguinte (2022) foram 2,36 ha. No ano de 2023 foram 3,67 hectares de área desmatada apontadas pelo sistema. E até o dia 07 de maio de 2024, outros 2,67 hectares foram alertados em derrubadas de áreas de matas nativas.

FLORESTAS
O território de Venâncio Aires (dados de 2022) conta com 23.628 hectares de áreas com florestas, sejam de matas nativas, plantadas, ou campos nativos. Esse volume tem registrado crescimento nos últimos anos.

Em 2021 essa área foi de 23.656 hectares. Até o fim da década de 1980, o espaço de florestas na Capital do Chimarrão chegou a contabilizar 24.137 ha. Nos anos 90, houve a maior redução, chegando a 21.643 ha em 1997. Já nos anos 2000, 21.635 hectares em 2003. Em 2013 chegou a 22.765 ha, até os 23,6 mil hectares de 2022.

ESTADO
Conforme os relatórios do sistema do MapBioma Alerta, o Rio Grande do Sul contabilizou de 2019 a janeiro de 2024, desmatamentos de 14.605 ha. Deste total, foram 7.080 hectares sem autorizações de corte. O ano de 2022 foi o com maiores registros, foram 5.230 alertas de derrubadas registradas por imagens de satélite no território do Rio Grande do Sul. Deste total, foram emitidos 1.840 autos de infração. No ano passado (2023) foram 2.343 alertas, segundo maior registro do tipo, conforme relatório dos últimos cinco anos.

PAMPA
O Pampa registrou queda de 50% na área de vegetação desmatada em 2023, com 1.547 hectares. Dos 231 municípios do bioma, 97 tiveram algum desmatamento detectado no ano, ou seja, 42% do total. Em apenas cinco deles aconteceu mais da metade (51%) do total desmatado no bioma: Encruzilhada do Sul (334 hectares), Piratini (208 hectares), Herval (130 hectares), Canguçu (77 hectares) e Bagé (49 hectares).

Levantamento do MapBiomas identificou que mais de três quartos (77,7%) da área desmatada do Pampa é de formações florestais; e um pouco menos de um terço (21,9%), de formação campestre. A entidade pondera, no entanto, que os atuais sistemas de detecção do desmatamento no Pampa estão calibrados para a supressão das florestas e, por conta disso, ainda não monitoram a supressão da vegetação campestre de modo eficiente, que é a vegetação nativa típica e predominante nesse bioma. O RS é o 20º no ranking dos Estados por velocidade de desmatamento.

FOTO: Douglas Magno

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