As estimativas de safra 2023/2024 apontam para aumento de área de produção das principais culturas agrícolas de Venâncio Aires. O principal produto, o tabaco, tem estimativa de aumento de 50 hectares, passando para 8.250 de área cultivada. Apesar do crescimento, a produção deve reduzir, impactada pelas condições do clima, alcançando 17.325 toneladas. No ciclo produtivo anterior, 2022/23, a produção com folhas chegou a 18.040 toneladas. A produtividade média na atual safra deve ficar em 2.100 quilos por hectare de produção.
A soja também possui projeção de aumento da área plantada, com incremento de 200 hectares, passando para 6.650 hectares. A expectativa é de encerrar a atual safra com 23.940 toneladas colhidas com o grão no território venâncio-airense. Na última safra, a cultura registrou 19.350 toneladas de produção.
O cultivo de trigo tem ganhado espaço nos campos do município. No ciclo atual deve alcançar 1.550 hectares, a maior área plantada com o cereal. A produção deve alcançar 2.982 toneladas.
As lavouras de arroz ganham espaço e chegam a 1.500 hectares, com 12.900 toneladas de produção previstas.
O aipim tem expectativa de crescimento da área de cultivo, com 100 novos hectares, totalizando 2.200 de lavouras. A estimativa é de encerrar a safra com 23 mil toneladas colhidas.
Outro destaque está na proteína animal. A produção de frangos ganhou incremento, chegando a 13.243.650 cabeças na atual safra, gerando mais de 22,7 mil toneladas de produção. No ciclo anterior, eram 11.541.900 cabeças. Atualmente, 42 famílias estão ligadas à avicultura venâncio-airense.
INCREMENTO
Conforme o engenheiro agrônomo da Emater/Ascar de Venâncio Aires, Vicente Fin, as principais culturas do município ganham terreno, mas podem sofrer impactos na produtividade. “O tabaco pode ter impacto assim como na safra passada, com granizo, enchente e chuva em excesso. Imaginamos que chegue a 2 mil quilos de produtividade por hectare, por essas questões.”
O chefe do escritório local da Emater destaca ainda que áreas com arroz foram prejudicadas em função da quantidade de chuva. Além disso, a soja ganhou espaço em áreas até então sem cultivo. “O arroz, em função da chuva, houve, vamos dizer assim, a dificuldade de plantar. Também tem a questão dos preços do arroz. A soja aumentou porque em algumas áreas de pastagem o produtor resolveu plantar,” destaca.