Duplicação da RSC-287, melhor sinalização e ampliação do pedágio de Venâncio Aires estão entre as reinvindicações da região. Estes foram alguns dos temas debatidos em março, quando ocorreu a última reunião entre Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e Conselho Comunitário das Regiões de Rodovias Pedagiadas (Corepe) trecho 8. Com administração estatal e comunitária, a EGR não tem ouvido as demandas apontadas pelos usuários da rodovia. A atual diretoria do grupo regional, apesar dos esforços em apontar prioridades, diz que irá desistir da relação.
Até setembro deste ano a praça de Vila Arlindo estava no topo de arrecadação, entre os trechos administrados pela empresa estatal. Foram, R$ 18.658.485,74, contra R$ 18.159.233,89 em desembolsos. Além da falta de recursos financeiros, a mudança no modelo administrativo da EGR e falta de diálogo da empresa com líderes regionais tem dificultado a realização de obras. Em Venâncio Aires a manutenção da estrada e melhorias em trevos de acessos são algumas das demandas.
Para o presidente do Corepe local, Luciano Naue, o contato com a direção da empresa é difícil desde o ano passado, e sequer há retorno de pedidos para reuniões oficiais do grupo, que no governo anterior ocorriam mensalmente. “Tiraram o carácter comunitário da empresa, não querem ouvir as necessidades e prioridades, eles simplesmente querem fazer.”
SEM VOZ
A atual diretoria do conselho acredita que até novembro do ano que vem, quando permanecem no cargo, o trabalho não será facilitado. Se antes a comunidade, apartir dos conselheiros, opinavam e votavam as prioridades de obras e investimentos, atualmente o carácter do grupo é de fiscalizador das contas da empresa. Até o fim do ano uma reunião será realizada para votar as contas oficiais da empresa neste ano.
“Não foi para isso que a EGR foi criada. É uma pena mas estamos largando este trabalho voluntário, porque a empresa virou um cabide de empregos políticos. Não há um responsabilidade pelos usuários desta rodovia, a direção não quer palpites ou direções, simplesmente querem fazer sem consultar ninguém,” argumenta Naue.
A empresa foi contatada pela reportagem, mas não respondeu os questionamentos até o fim desta edição.
COREPE 7
A situação se repete no conselho do Vale do Taquari, que também contempla Venâncio Aires pela RSC-453. O último encontro ocorreu ainda em maio, porém, de lá pra cá, não foram mais registrados contatos entre as lideranças regionais e a direção da EGR. A falta de investimento por parte da empresa tem dificultado travessias entre os municípios, sendo pauta recorrente nos encontros no inicio do ano.
CRÉDITO: Camila Domingues/Palácio Piratini