Este sábado, 29 de outubro, é marcado pelo dia Mundial do Combate ao Acidente Vascular Cerebral (AVC), principal causa de mortes naturais em adultos no Brasil, com cerca de 100 mil óbitos anuais, segundo estatísticas da Organização Mundial da Saúde.
Levantamento do Olá Jornal mostra que o chamado ‘derrame’ matou, em média, quatro venâncio-airenses por mês no período de janeiro a setembro. Somando mais de 30 falecimentos pela causa ‘rompimento cerebrovascular’.
Segundo as informações repassadas pela enfermeira da Vigilância Epidemiológica de Venâncio Aires, Carla Lili Müller, em 2015 o número de registros foi de 17 casos. Já neste ano, até setembro, os dados contabilizam 36 mortes. Mais do que o dobro de falecimentos pela causa. Em 2013 e 2014, os números apontam 22 e 35 falecimentos, respectivamente.
Conforme a neurologista Cláudia Alves da Cunha, não é possível prever se a pessoa terá um AVC, mas há indicadores que podem ser observados. “Os sintomas mais comuns são fraqueza, dormência de um lado do corpo, dificuldade de fala ou de compreensão, dor de cabeça de início súbito sem causa aparente, entre outros”.
Para a profissional, ainda é possível traçar um perfil de pessoas mais propensas a sofrer um acidente cerebrovascular, como fumantes, alcoólatras e sedentários.
Informações revelam que, a cada ano, 17 milhões de pessoas tem AVC no mundo, 6,5 milhões morrem e 26 milhões vivem com incapacidade permanente. A partir disso, a profissional também relata sobre a importância do socorro ágil. “Quanto mais rapidamente se desconfia que a pessoa está tendo um AVC e mais precocemente procura um serviço de urgência, melhor será sua evolução em termos de sequelas e incapacidade”.
Visando a importância da prevenção e identificação do acidente, Cláudia relata que “a maioria dos serviços de emergência possui medicação trombolítica que pode salvar a vida do paciente ou mesmo livrá-lo de sequelas motoras incapacitantes.
Porém, essa medicação tem critérios estritos para seu uso e um deles é uma evolução de no máximo 4-5 horas desde o início dos sintomas”, frisa a neurologista.
Mulheres e jovens apresentam mais risco:
Segundo a especialista Cláudia Cunha, “as mulheres têm mais risco de serem afetadas, do que os homens, em função do uso de anticoncepcional, reposição hormonal sem acompanhamento e do período da gravidez que predispõem a eventos vasculares”. No caso dos jovens, Cláudia relata que “os mais jovens estão sendo mais afetados atualmente tanto pela exposição aos fatores de risco por falta de hábitos saudáveis, como também pela evolução tecnológica da medicina que pode detectar com mais sensibilidade e acurácia casos antigamente não diagnosticados.”
Crédito foto: Ministério da Saúde/EBC