A crise dos hospitais e o serviço público de oncologia são abordados pelo deputado Airton Artus (PDT) com a secretária estadual de Saúde, Arita Bermann. O encontro está agendado para esta quarta-feira, 15, às 17h no gabinete da secretária.
Artus explica que o objetivo é levar alternativas para uma construção de solução em conjunto. “Vamos aproveitar para voltar aos assuntos dos hospitais que é uma questão gravíssima e outras questões que envolvem as cirurgias eletivas e uma preocupação que eu tenho é em relação a oncologia. Porque de tudo, o que não pode esperar é a consulta oncológica, o exame de diagnóstico para a oncologia e a cirurgia se necessária, o tratamento. Então isso é uma coisa que vai estar sempre junto comigo nesse período de deputado”, afirma.
Para o parlamentar, além da sua sugestão de permitir que as empresas auxiliem os hospitais abatendo impostos, há ainda duas formas de solucionar a questão. Uma seria o repasse de recursos via emenda de bancada e outra seria via orçamento do governo do estado.
GRAVIDADE
Graves problemas financeiros são velhos conhecidos das Santas Casas e hospitais filantrópicos, em função do nível de endividamento e do subfinanciamento do SUS, problemas que culminaram, nos últimos cinco anos, no fechamento de 500 hospitais filantrópicos no país. A situação, porém, se agravou ainda mais com a pandemia, que elevou a demanda e os custos, fazendo com que a dívida do setor já chegue a mais de R$ 20 bilhões.
Desde o início do plano real, em 1994, a tabela SUS e seus incentivos foi reajustada, em média, em 93,77%, enquanto o INPC (Índice de Preços no Consumidor) foi em 636,07%, o salário-mínimo em 1.597,79% e o gás de cozinha em 2.415,94%. “Este descompasso brutal representa R$ 10,9 bilhões por ano de desequilíbrio econômico e financeiro na prestação de serviço ao SUS, de todo o segmento”, pontua o presidente da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, Mirocles Véras. “Desta forma, se não houver políticas imediatas, consistentes, de subsistência para estes hospitais, dificilmente suas portas se manterão abertas e a desassistência da população é fatal”, salienta.