A secretária estadual de saúde, Arita Bergmann, garante apoio a cirurgia do jovem venâncio-airense Bruno Ricardo Fritzen, de 14 anos. O adolescente que sofre de paralisia cerebral, esclerose tuberosa, escoliose e epilepsia, aguarda desde 2020 para realizar o procedimento na coluna considerado de urgência.
Nesta quarta-feira, 11, o caso chegou ao conhecimento da secretária Arita que esteve em Venâncio Aires para a inauguração da UTI Pediátrica. Ela recebeu a avó de Bruno, Eva de Jesus Ferreira, que esperava pacientemente pela oportunidade em mais um dia de peregrinação pela cidade vendendo uma rifa para custear a cirurgia que chega a R$ 200 mil.
A cirurgia já está prevista também mediante decisão judicial, mas não é realizada. Segundo familiares, o hospital alega falta de capacidade técnica para realizar o procedimento. Frente ao cenário, a secretária garantiu apoio ao caso e direcionou a demanda aos cuidados da equipe técnica da pasta para acompanhamento.
“Nós vamos oficiar para o Hospital de Canoas, eu quero assinar. Se o hospital negar, a gente busca uma vaga na Santa Casa de Porto Alegre, que é a referência para esses casos. Mas é importante que eles digam que não tenham capacidade técnica para fazer a cirurgia”, afirma Arita.
O caso vinha sendo acompanhado pela vice-prefeita, Isaura Landim, e pelo secretário municipal de saúde, Tiago Quintana, que estavam presentes no momento do encontro. Ainda em dezembro, a mãe de Bruno, Michelle Rosa, esteve na Câmara de Vereadores buscando apoio dos parlamentares. Na sexta-feira, 13, o jovem terá nova consulta, que já estava agendada.
SENSIBILIDADE
A situação dessa avó que luta pela saúde do seu neto é uma em tantos casos enfrentados diariamente pela população, mas que teve a felicidade de encontrar uma direção assertiva em um encontro improvável, sensível, paciente e interessado na resolução. Embora a secretária Arita tenha minimizado o gesto como parte do seu trabalho, a conversa direta com o principal gestor da saúde pública do estado é algo raro e digno de ser destacado.
“Um caso não é só um caso é uma família que sofre e nós temos sensibilidade para dar o suporte necessário primeiro para que o serviço de referência resolva. Se o serviço de referência não resolver, nós temos também todas as penalidades de um contrato não executado, se busca outra alternativa. Então, a partir de hoje, tomando conhecimento dessa situação nós vamos dar o nosso apoio, esforço do ponto de vista técnico para podermos viabilizar o atendimento do menino Bruno, para que ele possa ter acesso a essa cirurgia que vai dar mais qualidade de vida para ele”, garantiu Arita.
Fotos: Janine Niedermeyer/Olá Jornal