A Afubra acredita que o valor pago pelo tabaco nesta safra cobrirá os custos de produção. A segunda rodada de negociação ocorrerá na próxima segunda, 16, e terça-feira, 17. Segundo o presidente da entidade, Benício Werner, há condições que favorecem o pagamento pelas empresas. Entre as principais estão a diminuição na redução do consumo global e o aumento no Oriente e a qualidade do produto.
A estimativa foi apresentada durante a última reunião da Associação Internacional de Produtores de Tabaco (ITGA em inglês) onde a projeção aponta que apesar da redução na produtividade de tabaco, a venda de cigarros entra em estagnação, com potencial de crescimento em alguns continentes. Conforme os dados da entidade internacional, o consumo de cigarros no mundo vinha registrando entre 2,5% e 3% de queda nos últimos anos.
“O que a gente ouve dos principias pesquisadores de mercado que eles estão dizendo que ainda vai ser um ano de demanda. A gente está notando que em vez de termos de 1% até 3% de queda no consumo, a queda foi só de 0,2% então isso é um indicativo de que as fábricas de cigarros precisarão mais tabaco. Já no Oriente Médio houve um aumento que também estava com diminuição de consumo. Isso nos traz uma perspectiva de nós termos uma boa comercialização porque o produtor terá com toda certeza lucro, a receita que ele obtiver menos o custo de produção que precisa para produzir”, avalia Werner.
Além disso, a boa qualidade da produção deve refletir em melhores preços. “A maioria dos produtores está produzindo um tabaco de qualidade que o mercado internacional está pedindo. Nós precisamos observar isso pois um país que exporta 85% da sua produção ele tem que ter uma preocupação e, claro, não depende só do esforço do nosso produtor, o que mais dependemos é o clima”.
Foto: Janine Niedermeyer/Arquivo Olá