A Afubra está preocupada com o indicativo de aumento da produção de tabaco para a próxima safra. Segundo o secretário Romeu Schneider a entidade tem notado o movimento de alguns produtores em visitas feitas às propriedades. “Em um giro pelo interior de Santa Catarina deu para perceber nitidamente o aumento para próxima safra inclusive produtores que não plantaram estão com canteiros prontos com 200 mil pés”, relata.
Segundo o dirigente, o interesse se deve ao alto valor pago pelo produto praticado no início da compra desta safra. No entanto, alerta que o mercado é regulado pela oferta e demanda. Logo se houver mais oferta de produto, o preço será menor.
“É muito preocupante, vai prejudicar porque produtores vão ficar no limite da atividade lucrativa em virtude daqueles que querem aproveitar a oportunidade mas vão prejudicar todo sistema”. Inicialmente, a estimativa da Afubra é de manter a mesma área plantada de 246,5 mil hectares desta safra para a safra 2022/2023.
A média de valor pago pelo produto nos três estados do Sul ficou em R$ 17,28 o quilo, uma variação de 63,9% em relação a safra passada, quando foram pagos R$ 10,54 por quilo. O estado com maior variação (66,1%) e valor médio pago pelo produto foi o Rio Grande do Sul, passando de R$ 10,60 o quilo no ano passado para R$ 17,61 o quilo neste ano.