O Instituto Crescer legal é mais uma iniciativa pioneira do Sinditabaco na busca por ampliar alternativas para os jovens. O método inovador oferece alternativas, especialmente para filhos de produtores de tabaco, bem como ferramentas para implementar a sucessão rural. Os adolescentes envolvidos são contratados como jovens aprendizes e recebem uma remuneração mensal sem realizar atividades na indústria nem no campo, mas participam de um curso de formação sobre gestão rural e empreendedorismo no contra turno escolar.
Em sete anos de atuação, já são quase 600 jovens certificados, com mais 150 nesse ano, e sete novas turmas a cada novo ciclo. A prática conquistou duas distinções que a colocam em favor da justiça e de política públicas. Em 2021, primeiro lugar na categoria Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, do Prêmio Brasil Amigo da Criança, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que tem o objetivo disseminar as melhores práticas na promoção e fortalecimento dos direitos de crianças e adolescentes no apoio à implementação de políticas públicas em direitos humanos.
Em 2020, foi homenageada no Prêmio Innovare, onde ficou entre as 12 práticas finalistas, por trazer soluções inovadoras que contribuem para o aprimoramento da Justiça brasileira. A distinção é proferida por diversas instituições jurídicas, entre elas a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). “Torna o nosso programa de Aprendizagem Profissional Rural uma referência em todo o Brasil. É um exemplo que a sociedade civil vê na possibilidade de executar a política pública, porque a Lei de Aprendizagem nada mais é do que uma política pública que se bem implementada pode contribuir para outras realidades, para outras políticas públicas”, afirma a gerente do Instituto, Nádia Fengler Solf.
Na visão do procurador aposentado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-RS), Veloir Dirceu Fürst, a entidade foi além. “O Sinditabaco realmente atuou sempre na vanguarda e o mais importante é que não buscou apenas erradicar o trabalho infantil mas enfrentou um problema muito mais grave que decorreu dessa proibição que foi o aproveitamento, colocar em uma situação de atividade esses adolescentes que não podiam mais desenvolver nenhuma atividade laboral”.
Já para o presidente do Sinditabaco, Iro Schünke, o Instituo é a principal criação do setor. “Para mim, nesta área de desenvolvimento de jovens no meio rural, foi a melhor criação que o setor de tabaco fez”, conclui.