A elevação de custos aos consumidores, seja nos combustíveis e na alimentação, também impactam na saúde pública. Ao longo do ano, a equipe técnica do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) já constatou aumento de até 15% nos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS), de pacientes que utilizavam a rede privada, por meio de planos de saúde e convênios. Essa elevação também é apontada como importante na maior demanda por atendimentos no Pronto Atendimento, na UPA e postos de saúde.
A verificação de aumento de pacientes na rede pública, vindos dos serviços privados, foi comentada pelo diretor técnico do HSSM, médico Guilherme Fürst Neto. “Verificamos crescimento na demanda de 10% a 15% no SUS de pacientes que até então utilizavam planos ou convênios. Isso também é reflexo da crise econômica vivida pelo país,” comentou em coletiva de imprensa realizada na última quinta-feira, 26.
A mesma realidade é vivida por outros municípios, que viram aumento de pacientes do SUS, que utilizavam a rede privada de atendimento. Com o aumento de 15% nos planos, autorizado na última semana pela Agência Nacional de Saúde, esse percentual de usuários que migram para a rede pública deve crescer.
SUPERLOTAÇÃO
Desde a última semana o Hospital São Sebastião Mártir está com alta na procura por atendimento médico. Na quinta-feira, 23, chegou a estar com superlotação e todos os leitos disponíveis para internação estavam ocupados. Nesta segunda-feira, 30, cerca de 75% dos leitos seguem ocupados e o Pronto Atendimento continua com superlotação.
A administração do hospital e o médico diretor técnico garantem que nas próximas semanas a UPA deve receber reforço na enfermaria para agilizar o atendimento. “Estamos fazendo o melhor, mas não conseguimos contratar alguém do dia para a noite”, ressalta Furst.
Além disso, demais mudanças internas estão sendo repensadas para melhorar o fluxo dos pacientes.