Realizada entre 7 e 10 de abril, em Ituporanga (SC), a 26ª Expofeira Nacional da Cebola sediou seminário sobre a cultura do tabaco, que é importante fonte de renda para milhares de famílias da região. O evento foi realizado durante a programação da Semana da Agricultura Familiar que contou ainda com encontros temáticas sobre cebola e turismo.
A primeira palestra, ministrada pelo tesoureiro da Associação de Fumicultores do Brasil (Afubra), Marcílio Drescher., abordou as tendências e desafios da produção de tabaco no Sul do Brasil. Na sequência, o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, falou sobre a importância da cadeia produtiva. A programação foi concluída com a apresentação do chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, José Eloir Denardin, sobre conservação do solo.
Além de apresentar a atuação do SindiTabaco e os principais mercados e números da exportação de tabaco brasileiro, o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, destacou o pioneirismo do setor na prática do ESG – sigla para Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança). De acordo com o executivo, são muitos os exemplos de iniciativas que têm inspirado outras cadeias produtivas e setores.
“Em áreas como a preservação ambiental, logística reversa e de combate ao trabalho infantil, temos inciativas à frente da legislação e que já completam 20 a 30 anos de existência. A produção sustentável do tabaco é o que tem mantido o Brasil na primeira posição do ranking mundial de exportação há quase três décadas”, comentou Schünke durante a apresentação que reuniu lideranças e representantes do agronegócio.
ESG na cadeia produtiva do tabaco
– Redução do uso de defensivos agrícolas: o tabaco está entre as culturas comerciais que menos utiliza agrotóxicos segundo pesquisas recentes;
– Saúde e segurança do produtor: orientação sobre a correta armazenagem e manuseio de agrotóxicos e das embalagens vazias. Investimento em pesquisa para o desenvolvimento de uma vestimenta de colheita eficaz contra a Doença da Folha Verde do Tabaco;
– Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos: incentivo à logística reversa há mais de duas décadas, sendo anterior à legislação de 2002;
– Incentivo à diversificação: Programa Milho, Feijão e Pastagens, após a Colheita do Tabaco;
– Combate ao trabalho infantil: ações iniciadas em 1998 evoluíram e culminaram na fundação do Instituto Crescer Legal (2015); de lá para cá, cerca de 600 jovens rurais já foram beneficiados com o inovador Programa de Aprendizagem Profissional Rural;
– Proteção da mata nativa e reflorestamento: ações que visam a autossuficiência energética iniciadas em 1978. Como resultado, o setor do tabaco apresenta um dos mais altos índices de cobertura florestal: 25%, sendo 15% de mata nativa.
CRÉDITO: AI Sinditabaco