A rede pública de saúde enfrenta o afastamento de profissionais devido ao novo Coronavírus (Covid-19). Com o avanço do vírus, batendo recordes de contaminação, a linha de frente tem sido afetada. Atualmente são 15 pessoas que se recuperam da doença, entre técnicos de enfermagem, enfermeiros e em cargos administrativos.
De acordo com o secretário da pasta, Tiago Quintana, este é o maior número neste um mês em que está à frente da secretaria. O mesmo não tem ocorrido com médicos. “Temos cerca de três afastamentos por semana, mas não de médicos e sim outros profissionais, o que até chama atenção”, afirma.
O afastamento impacta no atendimento, principalmente no serviço de testes localizado no bairro Gressler. “Reflete no trabalho da testagem porque há muita procura. Duplicamos o número de pessoas, mas metade dos profissionais tiveram que se afastar e voltamos a atender como antes”, explica o secretário.
O local que passou de dois para quatro profissionais conta novamente apenas com duas pessoas devido a Covid. Segundo Tiago, essa semana há previsão de retorno e normalidade nos atendimentos que chegam a 150 por dia.
Já o Hospital São Sebastião Mártir está com 26 afastamentos no momento, a maioria na área da enfermagem. Conforme a gerente assistencial, Renata Gassen Bitencourt, os piores períodos ocorreram ainda no ano passado com maior número de profissionais contaminados ou com suspeita.
NO PAÍS
Levantamento realizado pela Associação Médica Brasileira (AMB) revela que 87,3% dos médicos estão acometidos pela Covid-19. A maioria dos médicos também se diz esgotada (51,1%) e apreensiva (51,6%). Além disso, há percepção de que os colegas de profissão dos locais em que atuam estão estressados (62,4%) e sobrecarregados (64,2%).
A falta de médicos causa preocupação. É apontada por 44,8%. Em pesquisa anterior, do início de 2021, este índice era de 32,5%. Participaram 3.517 profissionais de medicina de todo Brasil, entre os dias 21 e 31 de janeiro.
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