Reivindicada pela comunidade do Vale do Rio Pardo, a duplicação da RSC-287 entre Venâncio e Santa Cruz deve sair do papel, com projeto técnico diferenciado. Seguindo modelo da BR-386, que aproveitou os acostamentos da rodovia e separou as faixas com muretas e sonorizadores, a direção da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) projeta a ligação viária regional nos mesmos moldes. A proposta é de otimizar o investimento para garantir o aumento na capacidade de tráfego na estrada.
Projetada para um fluxo de veículos diário de 6 mil veículos, a carga atual é quatro vezes maior. Construída ainda na década de 1970, aliado ao movimento de caminhões e veículos de forma constante, a estrutura da 287 foi prejudicada. Para o diretor-presidente da EGR, Nelson Lídio Nunes, o investimento superior aos R$ 40 milhões para a construção de uma nova rodovia, duplicando o trecho de 30 quilômetros, é inviável só com recursos arrecadados nas praças de pedágio de Vila Arlindo e Candelária.
“Precisamos pensar em um modelo de médio prazo e que apresente condições de viabilidade. A proposta de utilizar os acostamentos, construir novos recuos e dividir as pistas permitindo uma duplicação simplificada é o caminho que a direção da EGR defende,” explica.
Sem projetar prazos para tirar do papel, Nunes espera que até o próximo ano os projetos técnicos já estejam prontos para execução da duplicação. O formato, agora apresentado pela empresa, é o defendido pela direção do Conselho Comunitários de Regiões de Rodovias Pedagiadas (Corepe) trecho 8.
PASSOS
Antes de realizar o aumento de capacidade da estrada, a estatal vai abrir um novo processo licitatório para escolha de empresa que fará as reformas na RSC-287. As melhorias foram divididas em três etapas. “Escolha de empresa para recuperar a malha asfáltica do trecho, melhorias paliativas na base da rodovia e por último o projeto de duplicação,” argumenta Nunes.
Os constantes reparos na estrada, segundo a direção da empresa, são reflexos da necessidade de melhorias na base da rodovia
MELHORIAS
Apesar de confirmar o esforço em manter condições de trafegabilidade, o gestor admite a necessidade de melhorias no trecho entre Tabaí e Candelária. Obras de drenagem, recapagem, ampliação do pedágio e complemento da base da rodovia estão entre as prioridades de investimento para os próximos meses.