Com 5.475 famílias sem acesso a qualquer fonte de água por causa da estiagem que castiga propriedades rurais no Rio Grande do Sul, autoridades discutiram nesta segunda-feira, 03, a adoção de um plano de emergência. No primeiro momento, 80 reservatórios estão sendo distribuídos aos municípios em situação mais severa.
Outros tanques semelhantes, cada um com capacidade para armazenar 4,2 mil litros, devem ser adquiridos nos próximos dias. A prioridade é atender à necessidade de água para consumo humano e animal. Essa foi a principal definição de um encontro que reuniu, no Palácio Piratini, técnicos da Defesa Civil, da Emater/RS e das secretarias de Obras, da Agricultura, do Meio Ambiente e da Saúde.
O Estado está enfrentando a pior seca dos últimos 17 anos. Em 2005, 9,5 milhões de gaúchos sofreram com a escassez de chuvas. O campo perdeu 6,3 milhões de toneladas nas safras de soja, milho, arroz e feijão, levando 447 municípios – de um total de 497 – a decretar situação de emergência. Agora, 110 municípios decretaram emergência até a tarde desta segunda-feira. Conforme dados apresentados na reunião pela Emater, a seca já atingiu 6.340 localidades, disseminando prejuízos em 138.854 propriedades rurais, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste.
Em Venâncio Aires os prejuízos até o dia 20 de dezembro alcançavam R$ 39,8 milhões. As perdas nas lavouras são consideradas irreversíveis em propriedades rurais de 1.750 famílias venâncio-airenses.