A um mês de completar nove anos da tragédia na Boate Kiss, quatro réus vão a julgamento pela morte de 242 pessoas a partir de 1º de dezembro deste ano. A previsão é que o júri popular, que ocorrerá no Foro Central de Porto Alegre, dure de dez a 15 dias. Além das defesas e acusações, testemunhas, incluindo sobreviventes da tragédia, irão depor.
Quatro pessoas respondem por 242 homicídios com dolo eventual, quando se assume o risco de matar, e 636 tentativas de homicídio, em referência à quantidade de feridos. Os réus são: Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, sócios da Kiss, e Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão, da banda Gurizada Fandangueira.
No decorrer dos trabalhos, serão ouvidas 20 testemunhas, 14 sobreviventes da tragédia e os réus.
Uma tenda foi montada próximo ao Foro de Porto Alegre para acolher familiares de vítimas e sobreviventes do incêndio na boate Kiss durante o julgamento do caso. Um grupo de 40 moradores de Santa Maria chegou à Capital na terça-feira, 30, para acompanhar as sessões. Eles foram recebidos na chamada “Tenda do Cuidado” no começo da noite. Todo o deslocamento das famílias dentro da cidade será feito com dois ônibus da prefeitura. A participação no julgamento será possível graças a uma junção de esforços de instituições, do poder público e da sociedade civil.
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