A cadeia produtiva do tabaco espera que as próximas edições dos eventos de controle do tabaco sejam de equilíbrio e com discussões democráticas, tanto por parte do governo brasileiro como da organização dos eventos. A expectativa é do presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, Romeu Schneider, sobre a 10ª Conferência das Partes (COP9) e a 3ª Reunião das Partes do Protocolo para Eliminar o Comércio Ilícito (MOP2), ambas da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT). Os debates ocorrerão em 2023, no Panamá.
“Nossa preocupação é que o Brasil adote uma posição moderada e equilibrada não dentro de radicalismos e ditatorial, não permitindo o lado prejudicado de se manifestar”, afirma Schneider. Ele explica que o setor tem cumprido com as regras estabelecidas pelos tratados e precisa ser parte da discussão, uma vez que é parte do cenário e diretamente afetado pelas decisões.
“O setor nunca se opôs ao cumprimento das regras, mas não pode se fazer como está se pretendendo. Que se mostre a realidade e sejam honestos na sua afirmação”. Além disso, destaca a responsabilidade da defesa da atividade que é legal e envolve mais de 138 mil famílias produtoras, emprega mais de 2 milhões de pessoas, gera renda aos trabalhadores nas fábricas e receitas em divisas e faz do país o maior exportador e o segundo maior produtor do mundo.
Sobre a posição do Brasil nas edições deste ano, o presidente acredita que o comportamento “foi um pouco diferente porque não tinha a liderança radical, como em outras oportunidades, e o governo também não fez um acompanhamento rigoroso nessa questão. Isso é muito lógico porque o setor do tabaco não está fazendo nenhuma ação ilegal apesar de ser excluído, aliás as decisões contra o setor são ditatoriais, não existe democracia”, avalia.
FOTO: Divulgação/AI Afubra