Na última semana o Serviço Florestal Brasileira – junto com o IBGE – realizou atualização dos dados florestais dos municípios brasileiros. Ainda em outubro as informações em âmbito nacional já haviam sido publicadas. No levantamento também é mostrado o tamanho das florestas plantadas, aquelas dedicadas à extração de madeira, folhas, celulose e seiva. Venâncio Aires, na nova atualização teve redução da área cultivada com eucalipto, tipo de planta que predomina nas áreas cultivadas com florestas no território local. Diferente dos dados estaduais, a Capital do Chimarrão teve queda de 13,6% na área florestal com eucalipto, desde 2018.
Em igual período, a região teve leve redução de 0,58 %. O estado fechou o período com aumento de 1,78% na área de florestas cultivadas. Os dados de 2020 foram atualizados ao longo do mês de outubro deste ano.
Venâncio Aires fechou 2020 com 3.800 hectares de área cultivada com eucalipto. Na região, o ano contava com 189.225 hectares. Já o Rio Grande do Sul, que teve crescimento da área cultivada, encerrou o último ano com 1.035.935 hectares de florestas plantadas, de diferentes espécies (eucalipto, acácia, pinus e mogno).
O território venâncio-airense já contou com 9 mil hectares de florestas plantadas. O número é o maior da série histórica, de acompanhamento do Serviço Florestal, com apoio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), iniciado em 2013. A redução também ocorre por conta do ciclo de corte, que gira entre cinco e dez anos.
MATA ATLÂNTICA
A mata nativa, que cobre o território de Venâncio Aires, a Mata Atlântica, também é monitorada por órgãos oficiais. Atualmente 94% da área municipal está incluída no monitoramento deste bioma. O restante é referente ao Pampa. Os dados atualizados de 2020 ainda não foram divulgados. As informações mais recentes apontam que o município vem ampliando as áreas com matas nativas. Atualmente cerca de 60% do território municipal é ocupado por áreas de matas nativas, reflorestadas e de proteção permanente. A cobertura florestal registrou crescimento de 5% nos últimos cinco anos, e a tendência é de aumento.
NACIONAL
Em 2020, o estudo identificou registro de produção primária florestal em 4.868 municípios, que, juntos, somam R$ 23,6 bilhões em valor de produção, o que representou crescimento de 17,9% em relação a 2019. Esse resultado reflete a recuperação do setor, que, em 2019, recuou 2,7%, interrompendo uma série de três anos de crescimento.
Segundo o IBGE, a silvicultura ampliou sua participação no valor da produção primária florestal (79,8%) frente ao extrativismo vegetal (coleta de produtos em matas e florestas nativas), que passou a responder por 20,2% desse total. A participação dos produtos madeireiros segue preponderante no setor da silvicultura, representando 90,1% do valor da produção florestal.
FOTO: Divulgação/Embrapa