Sucessão familiar: orgulho em seguir no campo

Olá Jornal
outubro28/ 2021

A propriedade da família Silva, em Pinhal Trombudo, interior do município de Vale do Sol (RS), tem na produção do tabaco a sua fonte principal de renda. Os 90 mil pés cultivados garantem o sustento das duas famílias que vivem ali. Clair da Silva e a esposa, Julita Luedke da Silva, ambos com 55 anos, já são produtores desde jovens. O filho, Luciano Alex da Silva, 30 anos, até teve uma experiência de trabalho fora da propriedade, mas entendeu que suceder os pais no campo era o certo a fazer.

Na avaliação do jovem produtor, viver na propriedade lhe dá mais independência, além de uma melhor remuneração. “Tenho muito orgulho de ser produtor de tabaco, poder trabalhar o ano inteiro, conquistar uma boa produtividade e ser remunerado pela qualidade que a gente trabalha duro para conseguir”, comenta. Para chegar ao produto desejado, Luciano acredita que é necessário seguir as recomendações da empresa e cumprir todas as etapas da produção do tabaco com o mesmo cuidado.

A organização da propriedade, desde o manejo da lavoura até a cura nas estufas, confirma o zelo que a família Silva tem pela produção de tabaco. O orientador agrícola da UTC Brasil, Fabiano Adiers, afirma que as recomendações fornecidas são cumpridas à risca. “O resultado é uma safra com boa produtividade e um tabaco com a qualidade que a empresa precisa para atender seus clientes”, argumenta.

SATISFAÇÃO
Para Clair, é gratificante para família ter um filho que siga o seu legado na agricultura. Ele entende que a tecnologia tem sido um importante aliado dos pais para a manutenção dos filhos nas propriedades. “Há alguns anos o trabalho na agricultura era bem mais sofrido, hoje temos trator e equipamentos que auxiliam e tornam o serviço mais leve”, argumenta. O casal também tem uma filha que optou por viver na cidade de Vale do Sol. “É formada em Ciências Contábeis e trabalha num escritório”, revela Julita.

Mesmo tendo o tabaco como principal cultivo, a família preza por produzir os próprios alimentos. “A gente sabe o que está comendo”, antecipa Clair. A preocupação é também com a alimentação do pequeno Miguel Henrique, dois anos, filho de Luciano com a esposa Dionéia Finkler, 26. Na propriedade há a produção de feijão, batata, mandioca, além de hortaliças e verduras em uma horta muito bem cuidada. O milho, cultivado em dois hectares, é para o trato dos animais, mas a sobra é comercializada. O gado, os porcos e as galinhas também são criados na propriedade, produzindo carne e todos os seus derivados.

CRÉDITO: AI UTC

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