Na última semana o IBGE atualizou os dados de produção agrícola do país. As informações ampliam os parâmetros do setor primário, para analisar o fluxo produtivo, e conta com a contabilização de dados também do escritório local da Emater/Ascar-RS e poder público. Com a nova atualização, além das produções tradicionais no município, entre tabaco, milho, soja, aipim e arroz, na lavoura permanente, o abacate tem despertado interesse. A curva de crescimento da produção vem desde 2016.
No ano passado, segundo dados do IBGE, foram colhidas 300 toneladas da fruta na cidade, a maior produção no Rio Grande do Sul. A expectativa para 2021, que tem os dados ainda sendo computados, é manter este volume de produção.
Desde 2019 o aumento de preços e menor disponibilidade do produto nas prateleiras, fez aquecer o interesse pelo cultivo. A situação é verificada também em outras partes do mundo, já que o abacate tem sido apontado como alimento saudável e rico em vitaminas e nutrientes.
Desde 2019 a área destinada à colheita tem se mantido em 20 hectares, mas a tendência é de aumento a partir do próximo ano com a criação de novos pomares na cidade. O rendimento médio em 2020 ficou em 15 toneladas por hectare. Conforme o chefe do escritório local da Emater, engenheiro agrônomo Vicente Fin, do total produzido, apenas 12 hectares são direcionados para comercialização, o restante são árvores isoladas, para consumo próprio dos produtores. “A produção para comercialização engloba mais de cinco produtores, que fazem a venda para a Ceasa ou em pontos de venda na região,” explica.
RANKING
Desde o início da série histórica do IBGE, Venâncio Aires figura no top 10 da produção de abacates no Rio Grande do Sul. Em 2008, quando iniciou o acompanhamento, a cidade ocupava a quinta posição, com 180 toneladas produzidas. Em 12 anos, a cidade dobrou o cultivo e mantém a liderança no território gaúcho com a produção dos abacateiros, desde 2018.
PREÇOS
Os preços por quilo de abacate no estado registram aumento de 30% após o período de colheita. Entre março e junho, deste ano, a Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (CeasaRS), comercializava o quilo em média a R$ 4,00, chegando a R$ 3,33 na segunda quinzena de junho. Na primeira semana de outubro, o valor médio do quilo na central em Porto Alegre custava R$ 8,00.
FOTO: Divulgação/Embrapa