O Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) tem o primeiro mês de contas no azul no primeiro semestre de 2021. Os dados da prestação de contas divulgados em sua rede social apontam equiparação entre despesas a pagar e despesas pagas, que superam os R$ 4,7 milhões. As maiores despesas ficam por conta do contrato Covid, com quase R$ 1,3 milhões recebidos via contrato com o município. A segunda maior despesa é com serviços assistenciais onde incluem-se honorários médicos e terceiros, chegando a aproximadamente R$ 938 mil.
De acordo com o administrador da casa de saúde, Luis Fernando Siqueira, o resultado é fruto de gestão associada ao cenário da pandemia que, pelo aspecto financeiro, foi favorável de forma geral aos hospitais. Ele cita como exemplos favorávies os repasses do convênio Covid que ocorrem por capacidade instalada, e não pelo número e atendimentos, e a impossibilidade de desconto de valores da contratualização por serviços paralisados devido a pandemia, prevista em lei federal.
“Não pode ser descontado porque, devido a pandemia, não se pôde fazer cirurgias eletivas, por exemplo. Então muitos custos se mantêm mas a vantagem é a manutenção dos pagamentos de contratualização independente de metas ou não”, explica. Além disso, o administrador lembra que devido a pandemia houve liberação de emendas que permitiram o HSSM saldar suas dívidas.
Desde março, a instituição publica os números mensais em suas redes. De acordo com o material, o pior mês foi maio com mais de R$ 5,1 milhões em despesas a pagar e cerca de R$ 4,9 milhões em despesas pagas (utilização de limite bancário de R$ 297 mil).
FUTURO
Para os próximos meses, a administração trabalha para compensar a previsão de novo desequilíbrio devido ao fechamentos de leitos Covid. Com o fim do repasse, os atuais 80% de atendimentos do SUS contra 20% via convênio e particular voltará a pesar. Para equilibrar essa diferença, Siqueira afirma que o trabalho será no sentido de controlar os custos do SUS e aumentar as internações via convênio e particular buscando atrair pacientes para realizar seus procedimentos no HSSM. “Vamos melhorar hotelaria, disponibilizar mais horários no bloco cirúrgico para os médicos, mostrando que o hospital tem qualidade e que o venâncio-airense pode ficar aqui”, prevê.