Romeu Schneider assume Câmara do Tabaco do Rio Grande do Sul

Olá Jornal
julho15/ 2021

O secretário da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Romeu Schneider, assumiu, no dia 14 de julho, a coordenação da Câmara Setorial da Cadeia do Tabaco do Rio Grande do Sul. Schneider também é o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A Instrução Normativa nº 02/2021, publicada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), que regulamenta a atuação das Câmaras Setoriais, define que a coordenação deve ter mandato de dois anos, sendo que a Câmara tem caráter consultivo e é um instrumento de interlocução entre o setor privado e o setor público. Romeu Schneider ressaltou, ainda, que a Câmara Setorial do Tabaco tem por base quatro pilares: governo, produtores, trabalhadores na indústria e indústria. “É necessário harmonizar os quatro lados que são extremamente importantes para que esta atividade econômica funcione”.

Durante a primeira reunião do ano da Câmara Estadual do Tabaco, realizada por videoconferência, Romeu Schneider apresentou os números para a safra 2020/2021. A estimativa, para o Rio Grande do Sul, é de uma produção de 283.479 toneladas em uma área de 123.257 hectares, com uma produtividade de 2.300 kg/hectare. Na região Sul, a estimativa é de 631.651 toneladas em 273.356 hectares, com uma produtividade de 2.311 kg/hectare. Os três estados, juntos, respondem por 98% da produção de tabaco do Brasil.

A previsão para a próxima safra é de redução na área plantada no Rio Grande do Sul: 9,7% na variedade Virgínia, 12,75% na Burley e 12,7% na Comum. “Talvez esta redução na área plantada acabe não sendo tão significativa, porque o preço pago ao produtor no final da safra foi muito bom. Os produtores prejudicados foram aqueles que comercializaram no cedo, o que é injusto, infelizmente, o mercado é assim”, explicou Romeu Schneider. No Rio Grande do Sul, os preços médios pagos ao produtor, até o momento, nesta safra, aumentaram em todas as variedades, em relação à safra passada: Virgínia – R$ 10,32/kg nesta safra contra R$ 8,82 na safra passada (aumento de 17,01%); Burley – R$ 9,97/kg contra R$ 8,11 em 2019/2020 (aumento de 22,93%); Comum – R$ 7,51/kg nesta safra contra R$ 6,29 (aumento de 19,4%).

Na sequência, a apresentação do trabalho desenvolvido pela Emater com os projetos de diversificação do tabaco para agricultores familiares, desenvolvidos com 2.940 famílias de 33 municípios gaúchos. Destaque para a bovinocultura de corte, milho, fruticultura, horticultura, apicultura, piscicultura e agroindústria. Também foi apresentado o programa de irrigação Mais Água Mais Renda, desenvolvido pela Seapdr. Na área de irrigação da cultura do tabaco, entre os anos de 2012 e 2021, foram 238 projetos em 797 hectares, com a construção de 215 açudes e 71 hectares de área alagada. Os principais municípios beneficiados foram São Lourenço do Sul com 58 projetos e 191 hectares e Canguçu, com 46 projetos e 179 hectares. A licença de operação do programa concedida pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) foi prorrogada até novembro deste ano, quando não poderá mais ser utilizada. Novos projetos para irrigação estão em discussão no governo.

Presentes na reunião, representantes da Afubra, Fetag, Farsul, Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Stifa), Famurs, Emater, Comissão de Agricultura e Pecuária da Assembleia Legislativa,  Frente Parlamentar em Defesa dos Produtores da Cadeia Produtiva do Tabaco da Assembleia Legislativa,  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), empresa JTI e da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).

CRÉDITO: AI Afubra

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