O avanço da vacinação alerta para a necessidade de se manter os cuidados para impedir a circulação do vírus e a contaminação, seja de vacinados ou não. Ao contrário do que muita gente imagina, a vacina não representa carta branca para descuidar das medidas preventivas adotadas até aqui. Isso porque a imunização não impede a contaminação mas diminui essa capacidade, a gravidade e a mortalidade da doença.
A médica infectologista, Sandra Knudsen, lembra que nenhuma vacina é 100% eficaz e, por isso, os cuidados precisam ser mantidos. Conforme a profissional, a imunização busca diminuir o risco de morte por conta da doença e evitar casos graves.
Todas as vacinas aplicadas no país estão acima dos 50% exigidos pela Agência nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e têm grande potencial de redução do número de internações pela doença, o que promete reduzir consideravelmente a taxa de ocupação do Sistema Único de Saúde (SUS).
“As pessoas têm que ter noção de que mesmo que elas estejam vacinadas com duas doses, já com período hábil da segunda dose para geração de anticorpos, mesmo nessa situação elas não estão isentas do risco de pegar Covid e, pegando Covid, que possam ter uma evolução mais grave”, afirma.
O município registrou até o momento a morte de uma pessoa vacinada. A especialista afirma que exceções como essa podem acontecer uma vez que o risco não é zero. No entanto, não coloca em xeque o benefício da vacinação. “A gente tem sim um ou outro caso de vacinado que interna com Covid mas a grande maioria dos internados hoje são os que não são vacinados ou que não têm o esquema completo da vacina. Então é nítida a diminuição que a vacina promove de casos graves entre os vacinados, o que não quer dizer zero”, explica.
Os principais cuidados continuam os mesmos: uso de máscaras, evitar aglomerações, manter o distanciamento social e usar álcool gel. “O que a ente vê é que as pessoas acham que uma vez vacinadas elas não têm mais risco nenhum, não é verdade, elas têm risco diminuído mas elas têm que continuar se cuidando”, conclui a infectologista.
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