Com 3.865 infectados, até esta sexta-feira, 05, o novo Coronavírus (Covid-19) já contaminou 5,52% dos venâncio-airenses. O índice para a população de 70 mil habitantes é considerado baixo pela médica infectologista Sandra Knudsen em se tratando de uma epidemia.
Para chegar até aqui, foram necessários 11 meses. Apesar de boa parte do período ter contato com isolamento mais rigoroso, o que diminui a circulação do vírus, demonstra o quanto demoraria para que a imunidade chegasse a maior parte dos habitantes.
Sendo assim, a vacina se torna a maior aliada para esse objetivo. “Se nós não tivéssemos a vacina em vista agora, quanto tempo nós levaríamos para essa epidemia diminuir seu ritmo, até a gente ter uma proporção da população com imunidade suficiente que faça o vírus parar de circular”, avalia a especialista.
IMUNIZAR É PRECISO
A imunização é a estratégia chave para controlar a epidemia, diminuindo mortes, casos graves e a retomada da sociabilização e economia. “A vacina é fundamental para gente tentar melhorar e adiantar esse controle de epidemia, porque esperar imunidade natural é muito complicado e vai muito longe ainda”.
No Brasil, o índice de contaminação é de 4,31% da população. São 9.058.687 dos 102 milhões de brasileiros contaminados. No mundo, com 101.636.470 casos para 7 bilhões de habitantes, essa marca cai para 1,41%.
Por isso, a médica reforça a importância da vacinação. “Mais uma vez reforço que a população confie na vacina e faça a vacina quando for a sua vez”, recomenda.
CONSTÂNCIA
A pandemia em Venâncio mantém constância no número de contaminados e demais fluxos decorrentes desse movimento, como internações e recuperações. Sandra avalia que o ritmo se mantém sem grandes variações desde o início, com confirmação de novos casos toda a semana em algumas mais, em outras menos, mas sempre tendo casos.
O que difere no momento atual dos demais meses, é o número de mortes. Somente na última semana foram três mortes, o recorde desde o início da pandemia que chega nesta semana a 42 óbitos. “O que aconteceu agora em janeiro que me preocupa são os óbitos. A gente vê que parece que a gente está contaminando mais as pessoas vulneráveis essa é minha grande preocupação sempre foi”, lembra a médica.
Ao mesmo tempo, destaca o alto número de recuperados e a confirmação aqui do que ocorre no mundo. “A gente tem um grande número de recuperados e realmente confirma o que acontece no mundo inteiro. A maioria com Covid acaba se recuperando, mas a gente tem esses que vão a óbito e são os vulneráveis. Então muito cuidado, uso de álcool gel e distanciamento social desses vulneráveis”.
Até esta sexta, o município possuía 3.687 recuperados, 125em recuperação, 42 óbitos, 11internações, cinco em atendimento domiciliar e 136 aguardando resultado de exames.