Venda de tabaco aquecido deve crescer 72% em receitas

Olá Jornal
janeiro02/ 2021

A venda de novos produtos de tabaco aquecido deve crescer 72% em quatro anos em termos de valores. A previsão é da agência de pesquisa internacional Euromonitor e foi apresentada durante a reunião anual da Associação Internacional de Produtores de Tabaco (ITGA, sigla em inglês), realizada pela primeira vez de forma virtual nos dias 18 e 24 de novembro.
Os dados ainda apontam crescimento de 70% na comercialização de dispositivos com nicotina líquida de sistema fechado, ou seja, aqueles que somente são abastecidos com refis da marca do dispositivo, impedindo o usuário de utilizar o produto com outra substância.


O presidente da Afubra, Benício Werner, explica que a pesquisa iniciou em 2019 e fez um comparativo em termos de valor, e não de unidade, com cigarros de nicotina líquida, com sistema fechado e aberto, e de tabaco aquecido. De acordo com a pesquisa, o que mais tem probabilidade de crescer até 2024, é o tabaco aquecido, passando de 100% para 172% em valores.


De acordo com Werner, os novos produtos de consumo de tabaco vão crescer principalmente mas não comprometem o mercado do cigarro tradicional devido ao investimento inicial que o fumante terá que fazer na compra do dispositivo. “Será mais segmentado em classes mais altas e o tradicional continuará a ser consumido devido ao custo mais baixo”, avalia.
No entanto, a entidade apoia somente o sistema de tabaco aquecido cuja utilização da planta de tabaco é garantida.


“A Afubra defende o cigarro eletrônico com tabaco aquecido, que utiliza nossa produção. Temos uma desconfiança no uso de produtos sintéticos. Se é para haver uma mudança no hábito de consumo, defendemos que seja com o nosso produto, o tabaco,” destaca Werner.

NO MUNDO
O sistema de tabaco aquecido eletronicamente da Philip Morris, IQOS, é regulamentado em 38 países nos cinco continentes.
No Brasil, a comercialização dos novos dispositivos para fumar ainda está em análise pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O trabalho previsto para este ano no processo regulatório foi finalizado e será retomado em 2021.

A avaliação das evidências técnicas e científicas apresentadas durante as audiências públicas sobre o tema, ocorridas em 2019, era a última etapa do ano. A expectativa é que a decisão saia no quarto trimestre do próximo ano, no entanto, não está descartado atraso devido a pandemia.

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