Os 70 anos da Federação Democrática Internacional de Mulheres (Fedim) foram celebrados, nesta segunda-feira, 22, em sessão especial do Senado, presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS). Durante a sessão, a presidente da Fedim, Márcia Campos, à frente da instituição há 15 anos, defendeu o direito das mulheres a um ano de licença-maternidade e a construção de mais creches no país.
“Essa é uma das principais bandeiras das mulheres trabalhadoras, e nós temos essa bandeira há muito tempo aqui no Brasil. Infelizmente tem andado pouco. Mas nós queremos deixar claro que a creche e o aumento da licença-maternidade são fundamentais para que a mulher trabalhadora tenha condições de trabalhar e fazer parte da construção do nosso país” afirmou.
Para Márcia, a sociedade precisa assumir a maternidade como um bem social, pois a criança não é apenas da mulher, mas da sociedade. A presidente da Fedim pediu ainda a solidariedade ao povo da Síria, que sofre a guerra há cinco anos. Ela disse ainda que a federação luta pelo fim das guerras em todo o mundo.
“Nós queremos as mulheres do mundo emancipadas, com trabalho, com direito à maternidade digna, com direito a uma licença-maternidade digna, com direito a fazer valer a voz da mulher junto aos homens do mundo para que todas nós sejamos livres”, disse.
História
Conforme relatado por Gláucia Morelli, a história da Fedim começou após a Segunda Guerra Mundial, quando 850 mulheres se uniram na França. A Federação Internacional das Mulheres é uma organização não governamental, que une mulheres de diferentes setores e crenças em defesa de direitos, de igualdade, de emprego e por uma sociedade mais justa para as mulheres.
Um dos princípios da federação é o de garantir os direitos das mulheres e um bom futuro para as crianças em um mundo de paz. Atualmente, conta com 660 organizações filiadas, em 160 países. (Agência de Notícias Senado)
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado