As duas vereadoras eleitas para o próximo mandato buscam ampliar o espaço das mulheres na Câmara de Vereadores. Sandra Wagner (PSB) e Claidir Kerkhoff (PSL) serão as únicas representantes femininas no Legislativo pelos próximos quatro anos.
Apesar dos esforços do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para promover as candidaturas femininas, como a reserva de 30% das vagas para mulheres, no passado, e a obrigatoriedade de investimento de 30% dos recursos financeiros do Fundo Partidário às campanhas de candidatas, nesta eleição, as cadeiras ocupadas por elas diminuíram no município. Dos quatro lugares, restam dois, ou seja, metade do que é hoje.
Das atuais vereadoras, apenas Sandra garantiu a reeleição com 751 votos. Izaura Landim (MDB) saiu da vaga ao concorrer como vice na chapa de Jarbas da Rosa (PDT). Já Ana Cláudia do Amaral Teixeira (PDT), com 393 votos, e Helena da Rosa (MDB), com 454 votos, não conseguiram a reeleição. A vereadora estreante será Claidir, com 451 votos.
Para a única vereadora reeleita, o feito mostra a força da mulher do PSB, que nesse pleito foi presidente da Casa Legislativa e primeira prefeita em exercício. Apesar de seu desempenho pessoal, reconhece o longo caminho ainda a ser percorrido pela valorização feminina na política das próprias mulheres. “Ainda precisamos lutar muito para conscientizar as mulheres da importância em votar nas candidatas mulheres, haja vista que a política precisa da sensibilidade, do comprometimento e do trabalho da mulher”, avalia Sandra.
A estreante na Câmara pretende mostrar o potencial que a mulher tem na política através de ações concretas, incentivando o público feminino a ocupar o seu espaço que é por direito. Claidir destaca que vinha trabalhando há quatro anos na busca do respeito e do reconhecimento das pessoas. Atribui os 451 votos à amigos e familiares que não mediram forças para lhe ajudar e que chega à Câmara com vontade de trabalhar para o povo e pelo povo, com mais política e menos politicagem.
Ao mesmo tempo lamenta a queda na representatividade feminina em cargos públicos políticos. “Uma lástima, reflexo de uma cultura machista. Lamentável pois sabemos que a maioria dos eleitores é do sexo feminino em Venâncio Aires”, afirma Claidir.