Exportações de tabaco ajudam no recuo das vendas gaúchas para o exterior

Olá Jornal
novembro13/ 2020

As exportações gaúchas sentem os efeitos da pandemia nos negócios globais. Os embarques de tabaco possuem retração de 37% no estado, ficando atrás apenas dos produtos químicos, que tiveram redução de 38,4%, se comparado a 2019. No mês de outubro, em Venâncio Aires, houve crescimento no comércio exterior de tabaco. Só no mês passado as empresas venâncio-airenses embarcaram US$ 46,6 milhões. Tradicionalmente são nos meses de setembro, outubro e novembro que ocorrem as principais vendas das indústrias do tabaco, especialmente para o mercado da China, que ainda está em baixa. A previsão é de crescimento na movimentação internacional no mês de novembro.

Os números do tabaco, puxaram para baixo todos os negócios internacionais do Rio Grande do Sul. O desempenho negativo se deve principalmente pela continuidade do encolhimento das encomendas de Tabaco da Bélgica (-31,7%) e China (-81,5%), apesar de que para o segundo destino registrou-se no mês o maior valor exportado do ano, US$12,3 milhões. Já as vendas externas menores de Químicos se deve às baixas para Estados Unidos (-74,6%) e China (-48,5%).

Couro e calçados, que sofre bastante com a pandemia, teve recuo especialmente pela redução de 32,9% para os Estados Unidos. O setor de Alimentos apresentou leve baixa (-4,6%) na comparação mensal. Entre os principais setores que obtiveram ganhos na base de comparação mensal, destacam-se Celulose e papel, com elevação de 56%, Máquinas e equipamentos, 6,4%, e Produtos de Metal, 20,7%. A melhora no setor de Celulose e papel é o primeiro resultado positivo no ano e decorre do expressivo aumento das exportações para a China – subiram 313,5%. Outro resultado positivo ficou nas exportações de Veículos automotores para a Argentina, 29,3%, o primeiro desde fevereiro, apesar de o setor experimentar em outubro uma variação negativa de 9,6%, decorrente da fraca demanda externa.

ALIMENTOS
De janeiro até outubro, a demanda chinesa por Alimentos (+139,7%) mantém o segmento no topo da pauta de exportações, com mais de 29% de participação. Na base de comparação mensal, as exportações de Carne de frango, aumento de 7,5%, Carne bovina, 58,8%, e Carne suína, 64,7%, destacam-se como os únicos produtos exportados com resultado positivo. Pelo lado das importações, o Estado adquiriu US$ 596 milhões em mercadorias, configurando uma demanda 38,2% menor em relação a outubro de 2019.

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