Câmara setorial da cadeia produtiva do tabaco deve ter reunião até o fim do mês

Olá Jornal
outubro09/ 2020

A Câmara Setorial do Tabaco deve ter reunião virtual até o fim do mês de outubro. O encontro é articulado pelo presidente Romeu Schneider com demais membros do grupo. Um dos assuntos de destaque da pauta é a Reforma Tributária que pretende aumentar o imposto do cigarro.

De acordo com Schneider, a mudança aumentará o mercado ilegal que já ocupa quase 60% do mercado brasileiro. “O mercado ilegal vai crescer exponencialmente, não há dúvida. Pode chegar a 80%. É assustador”, avalia.

O assunto já foi apresentado à Ministra da Agricultura, Teresa Cristina, em reunião das câmaras setoriais, ocorrida virtualmente em agosto. Schneider afirma que o tema ainda não evoluiu e que resta saber se o ministério encaminhou os documentos à Câmara dos Deputados e ao Ministério da Economia.

Além disso, serão apresentados no encontro os resultados da safra 2019/20 como volume de produção, área plantada preço pago pelo produto entre outros dados. O relatório deve ser concluído pela Afubra no dia 20 de outubro.

REFORMA
O chamado ‘imposto do pecado’ previsto na nova Reforma Tributária prevê taxação ainda mais pesada sobre o produto que já possui 80% de tributação. A ideia é manter a contribuição fixa de R$ 1,10 por maço mais uma taxa de 22% sobre o preço total. Assim, o imposto sobre o cigarro chegaria aos 102%. No Paraguai, origem do cigarro ilegal, a tributação é de 18%.

O crescimento no mercado ilegal de cigarros, apurado pelo Ibope, ocorre há seis anos ininterruptos e se alastra pelas cidades brasileiras chegando ao total de 63,4 bilhões de cigarros ilegais no ano passado. Com isso, a arrecadação de impostos do setor será inferior à sonegação causada pela ilegalidade: R$ 11,8 bilhões contra R$ 12,2 bilhões.

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