O fim da safra de tabaco, no início de agosto, impacta negativamente a geração de empregos no município pelo segundo mês consecutivo. O saldo de vagas está negativo em 1.900 postos de trabalho, fruto de 2.676 demissões contra 776 admissões. Em julho o saldo já havia sido negativo em 310 vagas.
O maior número de demissões está na indústria da transformação com 1.868 desligamentos. O setor é o que inclui as indústrias fumageiras responsáveis pela maior empregabilidade até aqui devido ao processamento de tabaco.
Em 2019, neste mesmo período, o saldo negativo era de 1.544 vagas, sendo 1.549 na indústria da transformação. A queda de 18,73% no desempenho é atribuída a pandemia que levou as fumageiras a reduzir jornadas de trabalho e consequentemente contratar menos. Além disso, teve de afastar trabalhadores da zona de risco.
No setor de serviços a evolução também piorou. Em 2019 o saldo era de positivo em sete vagas. Neste ano está negativo em 31 postos de trabalho.
2020
No ano, o saldo geral é positivo em 1.561 vagas, com 9.988 admissões e 8.427 demissões. Em 2019, neste mesmo período o saldo era de 1.541 postos de trabalho, com 9.599 admissões e 8.058 demissões.
Embora não tenha registrado o maior saldo negativo, o setor mais afetado em 2020 foi o de serviços. Nesta época no ano passado o índice estava positivo em 201 empregos sendo que neste ano ficou negativo em 40 empregos. No período, a marca negativa em 2019 só foi registrada em janeiro com apenas 10 vagas.
Já o setor com maior índice negativo em 2020 foi o comércio com 153 vagas, no entanto, no ano passado o índice já era negativo em 34 vagas. Em seguida vem o setor de construção (-41) que, da mesma forma, teve saldo negativo em 2019 de 15 vagas.
O maior saldo positivo em 2020 foi de 1.609 empregos registrado em fevereiro, quando houveram 2.185 contratações e 576 desligamentos.