A Philip Morris Internacional (PMI) estima que as vendas de cigarros convencionais devem terminar dentro de 10 a 15 anos. A previsão conta com a substituição dos cigarros por alternativas como os novos produtos de consumo de nicotina para os consumidores, que de outra forma, continuariam fumando.
A expectativa foi anunciada pela vice-presidente de Assuntos Corporativos de Produtos de Risco Reduzido da PMI, Moira Gilchrist, durante o Fórum Global de Nicotina. “Acreditamos que as vendas de cigarro podem terminar em muitos países em 10 ou 15 anos, isso é certo”, afirma. A porta-voz destacou a importância de oferecer alternativas a estes consumidores o quanto antes. “Medidas para promover a cessação e desencorajar a iniciação devem é claro continuar mas também sabemos que a maioria dos fumantes não desiste. A questão não é se produtos sem fumo devem ser disponibilizado a eles, e a discussão é com que rapidez podemos”.
A perspectiva consta ainda no Relatório Integrado de 2019. O documento é uma evolução dos relatórios tradicionais de sustentabilidade para uma análise abrangente do desempenho ambiental, social e de governança, e demonstra o progresso significativo da empresa em direção a um futuro sem fumo. “O objetivo é substituir completamente os cigarros o mais rápido possível. Com o incentivo e o apoio regulamentares corretos da sociedade civil, acreditamos que as vendas de cigarros podem terminar dentro de 10 a 15 anos em muitos países”, afirma a multinacional no documento.
SEM FUMAÇA
A PMI lidera campanha de substituição dos cigarros convencionais por produtos alternativos com o dispositivo de tabaco aquecido IQOS. Intitulada de ‘Um futuro sem fumaça’, a gigante do tabaco tem a ambição de mudar mais de 40 milhões de fumantes adultos que, de outra forma, continuariam fumando, para produtos sem fumo até 2025.
O CEO da PMI, André Calantzopoulos, explica que a Declaração de Propósito da PMI, adotada pelo Conselho de Administração da empresa no início deste ano e disponível no relatório, reafirma o compromisso de oferecer um futuro livre de fumo para o benefício de pessoas e da saúde pública global. “Está claro para todos nós no PMI que o maior impacto positivo que nossa empresa pode ter na sociedade é substituir os cigarros por alternativas menos prejudiciais para os adultos que, de outra forma, continuariam fumando; isso está no cerne da nossa estratégia corporativa e está no topo de nossas prioridades de sustentabilidade”, afirma.
MERCADO
No relatório, a empresa afirma que a receita líquida de produtos sem fumo atingiu 18,7% da receita líquida total em 2019, em comparação com 2,7% em 2016. Em 2025, a empresa aspira ter 38% a 42% da receita líquida total proveniente de produtos sem fumo. Em 2019, a receita líquida de produtos sem fumo já ultrapassava 50% da receita líquida total em quatro mercados.
O volume de remessas de produtos sem fumaça do PMI aumentou para aproximadamente 60 bilhões de unidades, contra 7,7 bilhões em 2016. O objetivo é atingir mais de 250 bilhões de unidades até 2025. Já o volume de remessas de produtos combustíveis em 2019 caiu para 732 bilhões de unidades, ante 845 bilhões em 2016, refletindo parcialmente o impacto de fumantes adultos que mudam para os produtos para não fumantes.
Ainda segundo a PMI, no final de 2019, havia um número estimado de 9,7 milhões de usuários em todo o mundo que pararam de fumar e mudaram para o produto de tabaco aquecido da PMI, em comparação com mais de 6,6 milhões em 2018.