A Associação do Fumicultores do Brasil (Afubra), através da equipe do Departamento de Mutualidade, vem realizando um acompanhamento da comercialização da safra de tabaco 2019/2020, por telefone. Segundo o presidente da entidade, Benício Albano Werner, o que sempre era realizado de maneira presencial, com uma visita do avaliador às propriedades para conversar com o produtor e informar-se sobre as vendas de tabaco, agora está sendo feito por meio de ligação telefônica ou por mensagem de whatsapp. “Adotamos essa medida em função do Covid-19. Queremos proteger nossos produtores e também nossos colaboradores. Mas, ao mesmo tempo, precisamos acompanhar o andamento da atual safra de tabaco”, explica Werner.
Sobre a comercialização, nos três Estados do Sul, o presidente revela que 52% da variedade Virgínia está comercializado, pela pesquisa feita com 1.550 produtores. Na variedade Burley, este percentual atinge 80%, com pesquisa com cerca de 400 produtores. No Galpão Comum, 85% foi comercializado, com informações de cerca de 100 produtores, pois é uma variedade pouco produzida. Num geral, a comercialização está em 55%. Werner ainda analisa que, com as empresas adotando todos os cuidados sanitários para o enfrentamento do coronavírus, o período de comercialização pode se prolongar até meados ou fim de agosto.
Os preços médios, comparados com os da safra passada, no mesmo período, usando as informações das pesquisas encerradas na sexta-feira, 8 de maio, no Virgínia se tinha R$ 9,46 na safra 2018/2019 e R$ 9,78 na safra atual, ou seja, uma variação positiva de 3,4%. No Burley, na safra passada, R$ 8,59 e, na atual, R$ 8,73, com um incremento de 1,6%. Na variedade Galpão Comum, em 2018/2019, R$ 6,36, e R$ 6,47 na safra atual, numa variação de 1,8%.
ESTIAGEM
A estiagem, que continua a prejudicar os produtores rurais, não afeta, diretamente, o desenvolvimento das mudas de tabaco que, em algumas regiões, estão sendo feitos os canteiros. “O que vem ocorrendo é que alguns produtores estão com problemas para conseguir a água para a formação de canteiros. Para isso, é necessário o apoio do governo municipal, para que o produtor consiga água para colocar nos canteiros, no sistema chamado de floating. O produtor tendo essa água, as plantas se desenvolvem sem problemas”, explica Werner.
CRÉDITO: AI Afubra