A reclusão social, adotada em Venâncio Aires por meio de decreto, objetiva diminuir as chances de contágio do novo Coronavírus, Covid-19. Entretanto, o consumo de água aumentou nos últimos dias e pode sofrer com racionamento, se não houver redução da demanda ou chuva significativa. A palavra de ordem do momento é: conscientização.
Conforme a gerência local da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), o consumo diário, atual é de 11,5 mil metros cúbicos, quando em dias normais, o volume consumido é de 9 mil metros cúbicos. “Neste momento é fundamental diminuir o consumo, usar a água de forma consciente. A situação do isolamento, mais a estiagem, poderão exigir racionamento de água nos próximos dias,” explica Ilmor Dorr, gerente da Corsan, em Venâncio Aires.
Além do Arroio Castelhano, principal ponto de coleta da água bruta, para tratamento, outros quatro poços estão em operação para complementar o abastecimento. A expectativa é de ampliar o número deste tipo de captação, para diminuir a dependência do arroio. “Até então os poços eram utilizados para garantir a vasão da água na rede de abastecimento, com pressão. Agora, precisamos ampliar este pontos para também garantir mais fontes de captação,” explica.
Até o ano passado, a Estação de Tratamento de Água (ETA), localizada no bairro Morsch, operava por até 18h, em dias de maior demanda. Entretanto, desde o início de fevereiro, o local opera por 24h, para garantir o abastecimento dos reservatórios e o tratamento.
“O consumo neste momento precisa ser consciente, principalmente porque a situação da estiagem também se agrava no nosso estado. Esperamos que nos próximos dias a previsão de chuva o confirme e melhore a situação do Castelhano,” comenta Dörr.
DECRETO
No dia 17 de março o prefeito de Venâncio Aires assinou decreto de gerenciamento de crise por conta da estiagem. Com isso fica proibida a lavagem de veículos, irrigação de jardins, reposição e troca de água em piscinas, lavagem de calçadas e telhados de prédios. O não cumprimento das determinações podem resultar em advertência e multa de R$ 230,00. Para os casos de reincidência a multa será acrescida em 100%. As determinações do decreto serão fiscalizadas por fiscais da Secretaria de Meio Ambiente, Fazenda, Saúde e Planejamento.
FOTO: Divulgação/AI Corsan