A situação financeira dos governos não é nada satisfatória, serviços são paralisados ou são cancelados. Na área da saúde, apesar da verba estadual e federal não vir, há uma esforço do Município para manter os atendimentos. Mesmo assim, 832 pessoas aguardam na fila para realizar uma cirurgia eletiva (quando não há urgência). Por mês, a Prefeitura desembolsa até R$ 160 mil para os procedimentos médicos, mas a lista segue aumentando. O número total leva em consideração a microrregião – Mato Leitão, Passo do Sobrado e Vale Verde – que tem o HSSM como referência.
Sem expectativa de receber valores em atraso da União ou governo gaúcho, a Prefeitura busca manter a destinação de verba. Ao mesmo tempo em que realiza na média de 65 cirurgias por mês, no mesmo período, entram na espera outras 60 pessoas. O convênio com o Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) é de 40 processos por mês.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Celso Artus, o esforço municipal segue, uma vez que muitas Prefeituras encerram estes processos. “Não há recursos federais ou estaduais para isso, o Município tem destinado recursos próprios para garantir que a fila siga andando, não tem sido fácil esta gestão.”
ATRASOS
Atualmente o governo estadual tem uma dívida com a Prefeitura que supera R$ 1,6 milhões. A secretária-adjunta de Saúde, Rosane da Rosa, destaca que se houvesse sinalização de depósito do valor devido, um mutirão de cirurgias poderia ocorrer. “Seria uma forma de diminuir a fila ainda este ano, porém, não temos retorno do governo. No passado eram organizados estes mutirões de cirurgias, mas com a diminuição dos repasses isso foi descontinuado. A situação é mais crítica desde o inicio de 2015.”
CRISE
A situação financeira das contas públicas refletiu no orçamento familiar e na avaliação da pasta de saúde, cortou entre outros itens, planos de saúde. Pelos cálculos do poder público municipal, apenas 10% da população possui algum serviço privado de assistência.
Desta forma, houve um crescimento nos atendimentos públicos, incluindo as cirurgias eletivas. Até metade do ano passado, cerca de 650 pessoas aguardam na fila de cirurgias eletivas, o salto já foi verificado no segundo semestre de 2015.