Arroio Tigre, na região Centro-Serra do Rio Grande do Sul, sediará na próxima sexta-feira, 13, a III Abertura Oficial da Colheita do Tabaco. Jeferson Stertz, produtor de tabaco de Linha Paleta, será o anfitrião do evento que é uma promoção do governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) e com apoio do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).
Diversas autoridades locais e estaduais são esperadas para a solenidade que marca o início da colheita do produto cultivado por 75 mil produtores em 227 municípios gaúchos. Na safra 2018/2019 foram produzidas 312 mil toneladas em 142 mil hectares, gerando R$ 2,9 bilhões de receita aos produtores do Estado.
“O SindiTabaco apoia os eventos desde 2017 por entender que é um momento de destacar a importância econômica e social do tabaco para milhares de produtores e para a economia da Região Sul. O Brasil é, há 26 anos, o maior exportador mundial de tabaco. O Rio Grande do Sul é responsável por grande parte dos embarques e o tabaco representa quase 10% do total exportado no Estado. Manter essa economia ativa é nossa prioridade”, destaca o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke.
EVENTO
Esta é a terceira edição do evento. Em 2017, a abertura da colheita foi realizada em Venâncio Aires, na região central do RS; em 2018, Canguçu, no Sul do Estado, sediou o evento que agora vai para a região Serra. Venâncio Aires e Canguçu têm grande tradição no cultivo de tabaco do tipo Virgínia; já Arroio do Tigre, ocupa a 15ª posição entre os municípios brasileiros produtores de tabaco e a 9ª colocação no Rio Grande do Sul, destacando-se no cultivo da variedade Burley. Tendo o tabaco como principal cultura agrícola, o município tem 2.509 produtores que produziram 9.511 toneladas de tabaco na safra 2018/2019, cultivando 4.504 hectares.
PRIMEIRA COLHEITA
A “primeira” colheita será do tipo Burley. Os anfitriões do evento, Jeferson Stertz (39 anos) e Simone Catieli Chaves Stertz (33) – pais de Erick, de 11 anos, e Isadora, de 4 anos -, cultivam tabaco Burley há 15 safras. Nas lavouras da propriedade de 60 hectares também há cultivo de aveia e trigo no inverno e de milho (após colheita do tabaco) e soja no verão. Na safra 2019/2020, Jeferson e Simone plantaram 70 mil pés de tabaco Burley com seis galpões de cura, e a safra deverá render em torno de 9 toneladas (600 arrobas). Jeferson conta que produz tabaco por causa da rentabilidade e da assistência técnica dos orientadores. Conforme ele, outra vantagem é a possibilidade de plantar soja e ou milho após a colheita do tabaco.